As ações da Infracommerce CXaaS desabavam na B3 nesta quinta-feira (15), após a empresa anunciar na véspera acordo com credores para reestruturação de dívidas da operação no Brasil, divulgar balanço do segundo trimestre com uma baixa contábil de R$ 1,4 bilhão e as ações colocadas em revisão pelo Itaú BBA.

Por volta das 12h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (15), as ações da companhia despencavam 17,24%, a R$ 0,24. Na véspera, o papel da companhia já havia caído 25,64%. No ano, os papéis caem 87%, com baixa de 38,5% nas últimas duas sessões.

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O BBA decidiu colocar a empresa especializada em soluções para comércio eletrônico sob revisão após anúncio de implementação de um plano de reestruturação de dívidas na última quarta-feira.

A companhia assinou memorando de entendimentos não vinculante com as instituições financeiras que são suas principais credoras, estabelecendo os parâmetros gerais para o alongamento e repactuação da sua dívida, totalizando aproximadamente R$ 650 milhões.

Além disso, o plano de reestruturação estabelece uma redução de custos e despesas no segundo semestre deste ano, com uma diversidade de iniciativas para melhorar a lucratividade e o fluxo de caixa.

Com a implementação do plano de reestruturação, o BBA disse não ser capaz de ter um “modelo oficial que reflita adequadamente a nova realidade da empresa”.

O anúncio sobre o acordo com credores ocorreu em paralelo à divulgação do balanço do período de abril a junho, que mostrou prejuízo de R$ 1,5 bilhão, bem acima da perda de R$ 52,4 milhões um ano antes. Em termos ajustados, houve prejuízo de R$ 146,7 milhões.

As demonstrações financeiras ainda mostraram queda de 11,6% na receita líquida e declínio de 18,3 pontos percentuais na margem bruta. O GMV caiu 14,8% e o volume total de pagamentos (TPV) encolheu 34,7%.

“Seguimos neste segundo trimestre longe do que imaginamos serem os indicadores adequados para a Infracommerce (BOV:IFCM3)”, escreveu CEO da companhia, Ivan Murias, no material de divulgação do balanço.

“No entanto, seguimos a agenda de necessários ajustes e revisões que tem o potencial de levar a companhia a níveis satisfatórios de rentabilidade no futuro”, afirmou, acrescentando que parte relevante de tais ajustes é o impairment realizado em relação às aquisições feitas no passado.

“Trata-se de um efeito não caixa, mas necessário para refletir a realidade atual dos investimentos feitos nos M&As (sigla em inglês para fusões e aquisições) realizados, resultando na baixa contábil de R$ 1,4 bilhão”, explicou.

Informações Infomoney