Affirm Holdings (NASDAQ:AFRM), a empresa de “compre agora, pague depois”, viu suas ações dispararem na quinta-feira (29) após divulgar resultados surpreendentes no quarto trimestre fiscal. A empresa reportou um prejuízo de apenas 14 centavos por ação, superando significativamente as expectativas de Wall Street, que previam 48 centavos. No mesmo período do ano anterior, o prejuízo foi de 69 centavos por ação.
A receita líquida total de US$ 659,2 milhões também superou as previsões dos analistas, que esperavam US$ 603,7 milhões. O volume bruto de mercadorias (GMV) foi de US$ 7,2 bilhões, acima dos US$ 6,87 bilhões esperados. O CEO Max Levchin destacou a abordagem centrada no consumidor e a aceitação generalizada do Affirm Card como fatores de sucesso.
Para o próximo trimestre, a Affirm projeta um GMV entre US$ 7,1 bilhões e US$ 7,4 bilhões, superando as expectativas dos analistas de US$ 7,01 bilhões. Para o ano fiscal de 2025, a empresa espera atingir um GMV superior a US$ 33,5 bilhões, um aumento em relação à previsão de US$ 32,6 bilhões.
As ações da Affirm fecharam em alta de 31,95%, a US$ 41,67, marcando o maior aumento percentual em quase três anos. A Mizuho Securities, que classifica as ações como Outperform com uma meta de preço de US$ 65, elogiou o desempenho do quarto trimestre como um “final forte para um ano maravilhoso”.
Max Levchin afirmou que a Affirm está crescendo mais rápido do que seus concorrentes, como o Klarna. Enquanto a receita da Affirm saltou 49% no primeiro semestre de 2024, a Klarna registrou um aumento de 27%. Levchin também mencionou que a empresa está bem posicionada para se beneficiar da parceria com a Apple, que pode adicionar US$ 12 bilhões ao mercado endereçável da Affirm.
A Klarna, por sua vez, registrou lucro no trimestre encerrado em junho, após um prejuízo no mesmo período do ano anterior. As empresas de “compre agora, pague depois” enfrentam maior escrutínio regulatório, mas Levchin permanece otimista, afirmando que o mercado ainda é gigante e que os consumidores estão gerindo bem seus empréstimos e pagamentos.
A Apple decidiu encerrar sua opção de pagamento posterior em junho, removendo-se da competição acirrada. Levchin acredita que o setor ainda tem muito espaço para crescer, competindo com opções tradicionais de pagamento, como dinheiro e cartões de crédito.