A B3 reportou lucro líquido de R$ 1,22 bilhão no segundo trimestre deste ano, representando crescimento de 5% ante igual etapa do ano anterior.

A receita líquida foi de R$ 2,46 bilhões no trimestre, alta de 10,2% em relação ao segundo trimestre de 2023 e acima da expectativa média de R$ 2,36 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 1,81 bilhão no segundo trimestre, alta anual de 10,8%. O Ebitda recorrente chegou a R$ 1,76 bilhão, o que representa um crescimento de 8,4% na mesma base de comparação.

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O volume financeiro médio diário negociado (ADV) de ações totalizou R$ 23,9 bilhões, queda de 11,2% na base anual.

“Na comparação com o trimestre anterior, o ADTV mostrou leve recuperação, com alta de 1,2%. Vale notar que, no primeiro semestre, mesmo diante de um cenário desafiador, o ADTV se manteve no patamar próximo a R$ 24 bilhões, demonstrando a maturidade e resiliência do mercado de capitais no Brasil”, diz a administração da empresa.

A receita total atingiu R$ 2.727,2 milhões, alta de 10,1% em relação ao 2T23 e 10,6% acima do 1T24.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 38,8 milhões no 2T24. As receitas financeiras atingiram R$ 424,0 milhões, queda de 2,5%, explicada por um menor CDI médio no período. Em relação ao 1T24, a queda de 4,6% também é atribuída ao menor CDI médio e ao menor saldo médio de caixa (próprio e de terceiros). A redução no caixa próprio reflete, principalmente, o pagamento da 1ª série da 5ª emissão de debêntures em mai/24, no montante de R$1,6 bilhão, e a execução do Programa de Recompra 2024/2025 da Companhia.

Durante o trimestre foram realizados investimentos de R$43,5 milhões. Tais investimentos foram utilizados principalmente para atualizações tecnológicas em todos os segmentos da B3, que incluem investimentos em capacidade, segurança e desenvolvimento de novos produtos e funcionalidades.

No 2T24, o número de veículos vendidos no Brasil aumentou 11,5%, enquanto o número de financiamentos cresceu 26,0%. Já o percentual de veículos financiados alcançou 35,4% dos veículos vendidos, um aumento de 4,1 p.p na comparação com o segundo trimestre de 2023.

A linha de despesas totais apresentou quedas de 15,1% e 21,4% em relação ao 2T23 e 1T24, respectivamente, principalmente devido ao término da amortização dos principais intangíveis reconhecidos na combinação com a Cetip, que teve início em 2017 e durou até o final do 1T24. Excluindo os efeitos da consolidação de Neurotech, cuja aquisição foi concluída em maio de 2023, as despesas incorridas com a operação da plataforma do programa Desenrola, que teve início no 4T23, e a amortização dos intangíveis de Cetip, as despesas teriam crescido abaixo da inflação no período2 , demonstrando o compromisso da Companhia com a disciplina de custos. O lucro líquido recorrente atingiu R$1,2 bilhão, alta de 5,0% em relação ao 2T23 e crescimento de 8,5% em relação ao 1T24.

A Companhia encerrou o trimestre com ativos totais de R$ 46,4 bilhões, queda de 5,6% em relação a dez/23. As linhas de Disponibilidades e Aplicações financeiras (circulante e não-circulante) totalizaram R$ 17,2 bilhões, uma queda de 6,3%, explicada principalmente pelo pagamento da 1ª série da 5ª emissão de debêntures, no montante de R$1,6 bilhão, e pela execução do Programa de Recompra de 2024/2025, compensada parcialmente por um aumento no volume de garantias depositadas em dinheiro (contrapartida no passivo circulante).

Ao final do 2T24, a B3 possuía endividamento bruto de R$ 12,9 bilhões (85% de longo prazo e 15% de curto prazo), correspondente a 2,0x o EBITDA recorrente dos últimos 12 meses.

Os resultados da B3 (BOV:B3SA3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 08/08/2024.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão