Na quarta-feira (7), a rede de farmácias CVS Health (NYSE:CVS) reduziu sua previsão de lucros para o ano e revelou um plano para cortar US$ 2 bilhões em despesas ao longo dos próximos anos. A medida visa otimizar operações, aumentar o uso de IA e automação e racionalizar seu portfólio de negócios. A decisão reflete os desafios enfrentados com os altos custos médicos e a pressão no setor de seguros dos EUA. As ações da CVS listadas em Nova Iorque caíram fecharam em baixa de -3,2%, refletindo a decepção com os resultados e a previsão de lucros ajustados mais baixos.

A CVS Health também é negociada na B3 através da BDR (BOV:CVSH34).

Brian Kane, presidente da Aetna, deixou a empresa devido ao desempenho atual da unidade de seguros. A CEO Karen Lynch e o CFO Thomas Cowhey assumirão a gestão interina, enquanto Katerina Guerraz, chefe de estratégia, será a nova diretora de operações da unidade de seguros. Lynch destacou o compromisso em recuperar o desempenho do segmento de benefícios de saúde.

No segundo trimestre, a CVS registrou lucro por ação ajustado de US$ 1,83, superando a expectativa de US$ 1,73. A receita trimestral foi de US$ 91,23 bilhões, um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior, mas abaixo da previsão de US$ 91,5 bilhões. O lucro líquido caiu para US$ 1,77 bilhão, ou US$ 1,41 por ação, comparado a US$ 1,90 bilhão, ou US$ 1,48 por ação, no mesmo período do ano anterior.

O segmento de seguros da CVS gerou US$ 32,48 bilhões em receita, um aumento de 21% em relação ao segundo trimestre de 2023, mas reportou lucro operacional ajustado de US$ 938 milhões, abaixo da expectativa de US$ 962 milhões. A taxa de benefício médico aumentou para 89,6%, indicando menor lucratividade.

A receita do segmento de serviços de saúde caiu 9%, para US$ 42,17 bilhões, superando a expectativa de US$ 41,25 bilhões, apesar da perda de um grande cliente e melhorias de preços. A divisão de farmácia e bem-estar do consumidor registrou US$ 29,84 bilhões em vendas, um aumento de 3%, mas abaixo da expectativa de US$ 30,22 bilhões.

A CVS agora espera lucros ajustados entre US$ 6,40 e US$ 6,65 por ação em 2024, abaixo da previsão anterior de pelo menos US$ 7 por ação. Os analistas previam US$ 6,97 por ação. A perspectiva reflete a contínua pressão sobre o segmento de seguro saúde, com custos médicos elevados e impacto das classificações de estrelas do Medicare Advantage.

A CVS planeja enfrentar os desafios do segmento de benefícios de saúde com mudanças na liderança e corte de custos. A empresa se comprometeu a aumentar a transparência e reduzir custos para os pacientes, enfrentando a concorrência de startups e medidas governamentais.