A Vamos reportou lucro líquido ajustado de R$ 205,5 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), montante 92,7% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2023, refletindo, principalmente, a evolução operacional da Companhia, impulsionada pelo desempenho do segmento de locação.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 875,7 milhões no 2T24, um crescimento de 31,6% em relação ao 2T23.
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De acordo com a Vamos, o resultado foi impulsionado, principalmente, pela evolução operacional do segmento de locação – principal gerador de EBITDA da companhia.
A receita líquida somou R$ 1,883 bilhão no segundo trimestre deste ano, crescimento de 28,2% na comparação com igual etapa de 2023.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 407,6 milhões no segundo trimestre de 2024, uma redução de 0,5% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2023.
O CAPEX Contratado no 2T24 somou R$ 1,271 bilhão.
O estoque de seminovos atingiu R$ 596,5 milhões em junho de 2024, crescimento de 137,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo efeito do volume de ativos disponíveis para venda da companhia.
Em 31 de março de 2024, a dívida líquida da companhia era de R$ 10,689 bilhões, um crescimento de 19,1% na comparação com a mesma etapa de 2023.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,39 vezes em junho/24, queda de 0,13 p.p. em relação ao mesmo período de 2023.
Os resultados da Vamos Locação (BOV:VAMO3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 06/05/2024.
VISÃO DO MERCADO
Entre os principais destaques, segundo o Bradesco BBI: 1) R$ 98 milhões em despesas pontuais, sendo R$ 19,3 milhões relacionados às enchentes no Rio Grande do Sul e R$ 78,6 milhões em provisões para devedores duvidosos; 2) R$ 450 milhões em reapropriação de ativos; 3) taxa de arrendamento mensal para novos contratos em 2,6% (estável no comparativo anual e aumento de 0,1 pp, ou ponto percentual, no trimestre); e 4) retorno sobre o capital investido (RoIC) ajustado de 14,7%, 6,3 pp acima do custo de capital.
A XP ressalta, em relação ao 2T24, observar a continuidade dos fortes resultados de aluguel (Ebitda em alta anual de 37%), embora com dois contratempos, sendo (a) resultados sequencialmente mais fracos das concessionárias, e (b) altos níveis de retomada de ativos alugados (ou seja, maiores taxas de inadimplência esperadas).
Os analistas da casa atualizaram modelo alcançando um lucro líquido 13% maior em 2024 e números inalterados a partir de 2025 (já que estão reduzindo sua estimativa de investimento líquido para 2024 em 11%). A XP reiterou compra para as ações, assim como o BBI.
O Itaú BBA avalia que a Vamos divulgou resultados em linha para sua divisão de aluguel no 2T24, mas a desaceleração inesperada na recuperação do negócio de concessionárias levou a lucros ajustados abaixo de suas previsões e das expectativas do mercado em cerca de 10%.
“A empresa apresentou fundamentos sólidos no negócio de aluguel de caminhões, com um ritmo constante de investimentos e retorno saudável em novos contratos, mantendo uma alavancagem estável. No entanto, acreditamos que as preocupações dos investidores em relação à lucratividade das concessionárias, aos níveis de estoque de caminhões usados e às retomadas de ativos podem pesar mais na sessão de negociação”, avaliou o banco mais cedo, o que efetivamente aconteceu.
Além disso, observa que a empresa divulgou uma perda por impairment de R$ 19 milhões e uma provisão extraordinária de R$ 79 milhões para créditos de liquidação duvidosa no trimestre. O BBA também tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 11.