A recente demissão de Matteo Fantacchiotti como CEO da Davide Campari (BIT:CPR) ocorreu devido a uma perda de confiança do conselho após falhas de gestão e comunicação. Fantacchiotti esteve à frente da empresa por apenas cinco meses, e seu estilo de liderança gerou dúvidas, especialmente em um cenário de crise no setor.

As ações da Campari sofreram uma queda significativa após comentários negativos de Fantacchiotti sobre o mercado dos EUA durante uma conferência. Isso aumentou a incerteza em torno de sua liderança, levando o conselho a questionar sua continuidade. Posteriormente, a empresa emitiu um comunicado esclarecendo que os comentários se referiam a tendências setoriais mais amplas, não à saúde específica da empresa.

A saída de Fantacchiotti, de 52 anos, foi descrita como um acordo mútuo, embora a empresa tenha inicialmente alegado motivos pessoais.

Fantacchiotti trazia uma vasta experiência na indústria de bebidas, tendo trabalhado anteriormente em empresas como Nestlé Waters e Diageo. Sua curta gestão contrasta fortemente com seu antecessor, Bob Kunze-Concewitz, que liderou a Campari durante um período de crescimento e expansão, especialmente no mercado de coquetéis.

Kunze-Concewitz assumirá um papel no comitê de transição da liderança, embora não tenha interesse em retornar ao cargo. Sua presença no comitê pode trazer estabilidade durante a mudança de liderança, o que é crucial em tempos de incerteza.

Após a demissão, as ações da Campari reagiram positivamente, fechando em alta de 9,83% na quinta-feira (19), impulsionadas pelo anúncio do maior acionista, Lagfin SCA, de que compraria até € 100 milhões em ações. A movimentação sugere que a confiança no futuro da empresa pode estar se recuperando, apesar da recente turbulência.