Nos últimos cinco anos, o setor bancário brasileiro enfrentou diversos desafios, especialmente a necessidade de adaptação às novas tecnologias e à digitalização. O crescimento de fintechs e bancos digitais forçou instituições tradicionais a investir em inovação e aprimorar suas plataformas digitais. Além disso, a instabilidade econômica e a pandemia de COVID-19 impactaram a rentabilidade e a concessão de crédito, aumentando a inadimplência e exigindo uma rápida adaptação às novas demandas dos clientes.

Outro desafio significativo foi o aumento da regulação, com a implementação de políticas de compliance para atender às exigências legais, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Essa situação não apenas demandou adaptações operacionais, mas também ressaltou a importância da inclusão financeira. Os bancos foram pressionados a ampliar o acesso a serviços financeiros, o que representa tanto um desafio quanto uma oportunidade para expandir suas bases de clientes e promover um ambiente econômico mais equitativo.

Dentre os grandes bancos brasileiros, o Itaú Unibanco foi o que mais se destacou ao enfrentar os desafios do setor nos últimos cinco anos, investindo em tecnologia e digitalização para melhorar a experiência do cliente e aumentar a eficiência operacional. Mesmo diante de um cenário econômico adverso, o banco manteve a rentabilidade e baixos índices de inadimplência, beneficiando-se da diversificação de produtos e serviços e de uma gestão eficiente de riscos. Assim, o Itaú não apenas respondeu às pressões regulatórias e à concorrência das fintechs, mas também se posicionou como um líder inovador no setor bancário.

Por sua vez, Bradesco e Banco do Brasil enfrentaram desafios significativos no setor bancário, mas com abordagens distintas. O Bradesco buscou inovar e se digitalizar, mas teve dificuldades em manter um crescimento robusto, resultando em quedas nas receitas e lucros. Em contraste, o Banco do Brasil apresentou um desempenho mais sólido, destacando-se em crescimento de receitas e lucros, ao investir em tecnologia e modernização, além de diversificar produtos e fortalecer sua gestão de riscos. Essa estratégia permitiu ao Banco do Brasil manter uma base de clientes fiel, enquanto o Bradesco precisou ajustar suas estratégias para se adaptar a um mercado em rápida transformação.

Mas e os balanços e resultados financeiros do Big 3 brasileiro do setor bancário, como Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil performaram nos últimos 5 anos? Pedimos à ADVFN Intelligence para fazer um levantamento destes dados e co-relacioná-los com o desempenho das ações ITUB4, BBDC4 e BBAS3 nos últimos anos. Veja o que a AI nos mostrou:

Resultados Financeiros: Comparação entre Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil (Fonte: AI)

Os balanços financeiros recentes dos principais bancos brasileiros mostram um cenário distinto entre Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Bradesco (BOV:BBDC4) e Banco do Brasil (BOV:BBAS3).

Itaú Unibanco (ITUB4)

  • Market Cap: R$322.86B
  • Total Revenues: R$132.33B
  • Net Profit Margin: 27.97%
  • EPS Diluted: R$3.75
  • P/E: 9.48
  • Dividend Yield: 0.57%
  • Revenue 5Y CAGR: 5.26%
  • Diluted EPS 5Y CAGR: 7.08%
  • DPS 5Y CAGR: -2.53%

Resultados Financeiros Recentes

  • Q2 2024 Net Income: R$10.1B
  • ROE: 22.4%
  • Loan Portfolio Growth: 8.9% YoY
  • Net Interest Income Growth: 7.4% YoY
  • Credit Quality: Stable, with delinquency ratios below pre-pandemic levels
  • CET1 Ratio: 13.1%

Performance das Ações

  • Preço Atual: R$35.57
  • 1Y Total Return: 40.43%
  • 5Y Total Return CAGR: 7.58%

O Itaú Unibanco (ITUB4) destacou-se com um market cap de R$322,86 bilhões e receitas totais de R$132,33 bilhões, apresentando uma margem líquida de 27,97%. Com um lucro por ação (EPS) diluído de R$3,75, o banco também possui um preço sobre lucro (P/E) de 9,48 e um dividend yield de 0,57%. Nos últimos cinco anos, sua receita cresceu a uma taxa anual composta de 5,26%, e o EPS diluído teve um crescimento de 7,08%. No segundo trimestre de 2024, o ItaúUnibanco reportou um lucro líquido de R$10,1 bilhões, com um ROE de 22,4% e um crescimento de 8,9% na carteira de empréstimos.

Bradesco (BBDC4)

  • Market Cap: R$150.19B
  • Total Revenues: R$69.52B
  • Net Profit Margin: 18.8%
  • EPS Diluted: R$1.23
  • P/E: 12.16
  • Dividend Yield: 0.57%
  • Revenue 5Y CAGR: -3.35%
  • Diluted EPS 5Y CAGR: -7.54%

Resultados Financeiros Recentes

  • Q2 2024 Net Income: R$4.7B
  • Loan Portfolio Growth: 2.5% QoQ, 5.0% YoY
  • Net Interest Income Growth: 2.8% QoQ
  • Fee and Commission Income Growth: 5.1% QoQ
  • Insurance Business Growth: 12.7% QoQ

Performance das Ações

  • Preço Atual: R$14.95
  • 1Y Total Return: 15.20%
  • 5Y Total Return CAGR: -6.74%

O Bradesco (BBDC4) apresenta um market cap de R$150,19 bilhões e receitas de R$69,52 bilhões, com uma margem líquida de 18,8%. Seu EPS diluído é de R$1,23, com um P/E de 12,16 e um dividend yield também de 0,57%. O Bradesco enfrenta desafios, evidenciados pela queda de 3,35% na receita ao longo dos últimos cinco anos. No segundo trimestre de 2024, o lucro líquido foi de R$4,7 bilhões, com crescimento na carteira de empréstimos de 2,5% em relação ao trimestre anterior e 5,0% ano a ano.

Banco do Brasil (BBAS3)

  • Market Cap: R$150.29B
  • Total Revenues: R$110.96B
  • Net Profit Margin: 27.98%
  • EPS Diluted: R$5.44
  • P/E: 4.85
  • Dividend Yield: 8.09%
  • Revenue 5Y CAGR: 11.45%
  • Diluted EPS 5Y CAGR: 15.22%
  • DPS 5Y CAGR: 17.53%

Resultados Financeiros Recentes

  • Q2 2024 Net Income: R$18.8B
  • Net Interest Income: R$51.3B
  • Fee and Commission Income Growth: 4.7%
  • Cost-to-Income Ratio: 25.5%
  • NPL (Non-Performing Loans) Ratio: 3%

Performance das Ações

  • Preço Atual: R$26.36
  • 1Y Total Return: 17.72%
  • 5Y Total Return CAGR: 10.88%

O Banco do Brasil (BBAS3) revela-se forte, com um market cap de R$150,29 bilhões e receitas de R$110,96 bilhões, além de uma margem líquida de 27,98%. Com um EPS diluído de R$5,44, o P/E é de 4,85 e o dividend yield atinge impressionantes 8,09%. O banco mostra um crescimento robusto, com uma taxa de crescimento de 11,45% na receita nos últimos cinco anos e um EPS diluído com crescimento de 15,22%. No segundo trimestre de 2024, reportou um lucro líquido de R$18,8 bilhões, com um ratio de NPL (créditos inadimplentes) de 3% e um custo sobre a receita de 25,5%.

Conclusão

  • Itaú Unibanco apresenta um crescimento consistente em receita e lucro, com uma performance robusta das ações nos últimos 5 anos.
  • Bradesco enfrenta desafios de crescimento, refletidos em um CAGR negativo para receita e EPS, e uma performance de ações inferior.
  • Banco do Brasil mostra um crescimento sólido em receita e lucro, com uma forte performance das ações, destacando-se entre os três bancos.

 

Em termos de performance das ações, o Itaú Unibanco teve um retorno total de 40,43% no último ano, enquanto o Bradesco ficou com 15,20% e o Banco do Brasil com 17,72%. A análise geral indica que o Itaú Unibanco mantém um crescimento consistente, enquanto o Bradesco enfrenta dificuldades, e o Banco do Brasil se destaca com uma performance sólida tanto em receita quanto em lucro.

ADVFN Intelligence

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Veja outras perguntas que a AI propôs logo após comparar os balanços e resultados financeiros do Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil nos últimos 5 anos, relacionando com a performance das ações destas empresas na bolsa de valores durante o mesmo período: