Puxado para baixo pelo desempenho fraco das ações de Eletrobras (-1,9%), Bradesco PN (-1,2%), BTG Pactual (-2,0%) e B3 (-1,0%). Em contrapartida, Weg (+1,8%) e Vale (+0,4%) ajudam a limitar as perdas, assim como Itaú Unibanco PN (+0,5%), com investidores aguardando seu balanço trimestral, previsto para a próxima semana.
Entre as maiores altas, destaca-se EZTec, que subia 9,81%, além de Carrefour Brasil (+4,7%) e Hypera (+4,3%). Do outro lado, CCR, Azul PN e CVC Brasil são as ações com maiores quedas, de 3,6%, 2,6% e 2,4%, respectivamente.
Os juros futuros avançam e já superam 13% ao ano para contratos de longo prazo, como o de janeiro de 2027, com investidores demonstrando ceticismo quanto ao cumprimento da meta fiscal de 2024, especialmente após o governo adiar o anúncio de medidas fiscais prometidas para esta semana. Esse movimento ocorre mesmo com as taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos em queda, após dados de emprego em outubro ficarem abaixo do esperado. No Brasil, as projeções para os DIs mostram um movimento de alta consistente: os contratos para janeiro de 2025 subiram para 11,31%, enquanto os de 2026, 2027, 2028 e 2029 atingiram 12,92%, 13,09%, 13,12% e 13,10%, respectivamente.
O dólar futuro avança 0,31%, sendo negociado a R$ 5,827, o nível mais alto desde agosto. A alta reflete uma busca por segurança diante das dúvidas sobre o cenário fiscal do Brasil e o aumento dos juros futuros, que torna o mercado local menos atrativo para o capital estrangeiro.
Nos Estados Unidos, os índices de ações operam em alta, o Dow Jones e o S&P 500 subindo 1,0%, enquanto o Nasdaq avançou 1,28%. Os juros dos títulos do Tesouro americano ajustaram-se aos novos dados, com o rendimento do título de dois anos caindo para 4,14% ao ano e o de dez anos subindo levemente para 4,30%.
Os dados econômicos apontam para um ritmo de crescimento mais fraco, reforçando apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve. Em outubro, o índice de gerentes de compras (ISM) do setor industrial caiu para 46,5 pontos, abaixo da expectativa do mercado. Com isso, o mercado na Bolsa de Chicago (CME) agora aposta com 98,2% de probabilidade em um corte de 0,25 ponto percentual na reunião do Fed na próxima semana e 78% para outro corte em dezembro.
O petróleo Brent também registra alta de 2,12%, sendo negociado a US$ 74,31 o barril, impulsionado por tensões no Oriente Médio, onde o Irã sinaliza uma possível retaliação a ataques israelenses. O Bitcoin voltou a se valorizar, subindo 1,44% para US$ 71.392,45, enquanto o ouro, em meio à instabilidade geopolítica, avançou 0,64%, sendo negociado a US$ 2.766,90 para entrega em dezembro.