A SLC Agrícola teve prejuízo líquido de R$ 17,282 milhões no terceiro trimestre de 2024. Em igual período do ano passado, a empresa tinha registrado lucro de R$ 167,27 milhões. Em comunicado, a SLC disse que o resultado foi motivado principalmente pela queda do resultado bruto do milho.

A receita líquida diminuiu 1% no terceiro trimestre, para R$ 1,63 bilhão. Segundo a SLC, o maior volume registrado no algodão e na soja foi compensado pelo menor volume e preços faturados de milho.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 463,138 milhões, queda de 5,8% na comparação anual, com margem Ebitda ajustado de 28,4%, ante 29,8% um ano antes. A companhia disse que o desempenho foi afetado pela redução no lucro bruto do milho e do caroço de algodão, parcialmente atenuado pelo aumento no resultado bruto das demais culturas.

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No terceiro trimestre de 2024, a SLC Agrícola registrou um resultado financeiro negativo de R$ 211,046 milhões, uma piora de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a empresa, o desempenho foi impactado pela redução na produtividade de culturas-chave e pelo aumento das despesas financeiras.

Em relação aos custos, as despesas administrativas totalizaram R$ 64,093 milhões, uma redução de 14,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. As variações nos gastos administrativos refletiram ajustes no quadro de pessoal, investimentos em software e outras despesas operacionais correntes.

Os investimentos da SLC Agrícola no período somaram R$ 377,8 milhões, um aumento de 150,3%, focados na aquisição de máquinas, implementos agrícolas, armazéns de grãos, usinas de beneficiamento de algodão e outras obras e instalações nas fazendas.

A dívida líquida ajustada da companhia era de R$ 4,203 bilhões ao fim de setembro, ante R$ 2,873 bilhões no fim do ano passado. A relação dívida líquida ajustada/Ebitda ajustado passou de 1,06x no fim do ano passado para 2,00x ao fim de setembro deste ano.

A SLC disse que a área plantada para a safra 2024/25 será de 734 mil hectares, aumento de 11% em relação à temporada 2023/24. A semeadura da soja superprecoce e precoce, que possibilita a implantação das culturas de algodão e milho segunda safra, teve início em 20 de setembro, disse a companhia. A área semeada até 8 de novembro era de 293.138 hectares nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Bahia, o que representa 77,45% da área prevista para a soja. Em Mato Grosso, o plantio de soja está encerrado. Até o momento, as lavouras apresentam um bom desenvolvimento, afirmou a SLC.

A companhia disse que as compras dos insumos para a safra 2024/25 estão praticamente concluídas. “Foram adquiridos 100% dos fosfatados, 100% do cloreto de potássio, 100% dos nitrogenados e 96% dos defensivos.” Os custos por hectare orçados para a safra 2024/25 diminuíram 5,2% em relação ao orçado para a safra 2023/24, disse a SLC. “Essa queda reflete principalmente o declínio dos preços dos fertilizantes, defensivos e sementes que possuem uma forte correlação com os preços das commodities.”

Os resultados da SLC Agrícola (BOV:SLCE3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2024 foram divulgados no dia 12/11/2024.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão