A Micron Technology (NASDAQ:MU) enfrenta uma queda acentuada em suas ações após revisar suas projeções financeiras para o segundo trimestre fiscal. A empresa espera receitas de US$ 7,9 bilhões, abaixo dos US$ 8,99 bilhões estimados por analistas. Além disso, o lucro por ação projetado entre US$ 1,33 e US$ 1,53 está aquém das expectativas de mercado.

A Micron Technology, gigante americana de chips de memória, também é negociada na B3 através da BDR (BOV:MUTC34).

O enfraquecimento na demanda por smartphones e PCs, principais mercados consumidores, contribuiu para o desempenho abaixo do esperado. Apesar do crescimento de 400% na receita de data centers no último trimestre, a Micron ainda sente o impacto de estoques acumulados entre fabricantes de dispositivos.

A receita total do trimestre foi de US$ 8,71 bilhões, alinhada às previsões, mas insuficiente para compensar a queda em outras áreas.

A empresa também anunciou planos de reduzir gastos em produção de chips de armazenamento, destinando US$ 14 bilhões para novas instalações e equipamentos no ano fiscal de 2025. Apesar disso, a Micron aposta na memória de alta largura de banda (HBM) como peça-chave para atender à demanda da inteligência artificial, esperando bilhões em receita dessa categoria no próximo ano.

A empresa acredita que ajustes de estoque serão breves, com recuperação prevista para a primavera, e mantém foco em inovação para superar os desafios no setor de memória.

As ações da Micron negociadas em Nova Iorque, que fecharam em queda de -4,33% no pregão regular anterior, caíram 12,2% no pré-mercado de quinta-feira (19), marcando a maior queda desde março de 2020.