Nesta quarta-feira (18), os índices futuros do Dow Jones e S&P 500 indicam uma abertura em alta, sinalizando uma possível recuperação das ações após o fechamento em queda na sessão anterior. Os investidores podem buscar aproveitar as oportunidades de compra em níveis mais baixos, especialmente depois que o Dow Jones caiu pela nona sessão consecutiva, marcando sua maior sequência de perdas desde 1978 e atingindo seu nível de fechamento mais baixo em quase um mês.

Apesar dessa expectativa de alta, o movimento inicial do mercado pode ser contido, já que os investidores aguardam o aguardado anúncio da política monetária do Federal Reserve.

Ás 11h04 (horário de Brasília), o Dow Jones subiu 93 pontos, ou 0,21%. O S&P 500 avançou 3,25 pontos, ou 0,05%, enquanto o Nasdaq perdeu 25,50 pontos, ou -0,11%.

A expectativa é de que o Fed reduza as taxas de juros novamente, com uma chance de 98,8% de um corte de um quarto de ponto, segundo o FedWatch do CME Group.

No entanto, a atenção deve se concentrar na declaração e nas projeções econômicas atualizadas, incluindo previsões para as taxas para 2025. Os dados recentes de inflação têm gerado incertezas sobre o ritmo de redução de juros no ano que vem, levantando preocupações de que o Fed possa agir mais lentamente do que o esperado.

Commodities

No mercado de commodities, o ouro (PM:XAUUSD) caiu 0,17% a US$ 2.642,82. O petróleo bruto West Texas Intermediate para janeiro subiu 0,86%, para US$ 70,68 por barril, enquanto o Brent para fevereiro subiu 0,59%, para US$ 73,62 por barril.

Dados econômicos

Na agenda econômica dos EUA de hoje, enquanto o mercado aguarda a decisão do Fed, os dados de vendas no varejo mais fortes do que o esperado em novembro intensificam o debate sobre o caminho das taxas de juros em 2025, refletindo as crescentes preocupações econômicas.

Às 10h30, o Departamento de Comércio divulgou dados mostrando uma queda inesperada de 1,8% no início de construções de moradias nos Estados Unidos em novembro, alcançando uma taxa anual ajustada de 1,289 milhão. Esse resultado surpreendeu economistas, que projetavam um aumento de 2,2%, para 1,340 milhão, em comparação à taxa revisada de 1,312 milhão de outubro. Apesar das expectativas de recuperação, houve um enfraquecimento no setor de construção.

Por outro lado, as licenças de construção, consideradas um termômetro para a demanda futura por moradias, apresentaram um crescimento expressivo de 6,1%, atingindo uma taxa anual de 1,505 milhão em novembro, superando amplamente a previsão de 1,430 milhão. Essa alta ocorre após uma ligeira queda de 0,4% em outubro, indicando que o mercado imobiliário pode se estabilizar nos próximos meses, mesmo com o declínio nos inícios de construção.

Às 16h, será anunciada a decisão de política monetária do FOMC sobre a taxa de juros, seguida, às 16h30, pela coletiva de imprensa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

Balanços trimestrais

Na frente de relatórios trimestrais, são aguardados os números de Birkenstock (NYSE:BIRK), General Mills (NYSE:GIS), ABM Industries (NYSE:ABM), Toro (NYSE:TTC), Jabil (NYSE:JBL) e Organigram (NASDAQ:OGI), antes da abertura.

Após o fechamento, são aguardados os números da Micron (NASDAQ:MU) (BOV:MUTC34), Lennar (NYSE:LEN) (BOV:L1EN34), MillerKnoll (NASDAQ:MLKN), Enerpac Tool Group Corp (NYSE:EPAC), Steelcase (NYSE:SCS) e Worthington Steel (NYSE:WS).

Fechamento de terça-feira

No fechamento de terça-feira, o Nasdaq recuou 0,3% da máxima histórica registrada na segunda-feira. O Dow Jones perdeu 0,6%, enquanto o S&P 500 caiu 0,4%, destacando a fraqueza generalizada no mercado.

Além disso, setores específicos como tecnologia e semicondutores mostraram quedas significativas, com índices como o NYSE Arca Networking Index e o Philadelphia Semiconductor Index registrando perdas acentuadas. Apesar disso, o setor farmacêutico conseguiu resistir à tendência negativa, impulsionado por ganhos robustos nas ações da Pfizer (NYSE:PFE).