Ibovespa toca nos 122 mil pontos com previsão de Selic a 14,25% em março de 2025, mas analistas destacam dois fatores que podem trazer fôlego para a bolsa.

O Banco Central divulgou na última terça-feira (17) a ata do Copom com os motivos que levaram a decisão de elevar em 100 pontos base a taxa Selic e as perspectivas para as próximas reuniões.

De acordo com o documento, os diretores do BC preveem mais duas altas de 1 p.p., o que levaria a Selic para 14,25% ao ano em março de 2025. A notícia não foi uma grande surpresa, já na reunião do Copom, a autoridade monetária havia sinalizado essa possibilidade.

Ainda assim, o comunicado teve impactos negativos na bolsa brasileira. O principal motivo do mau humor do mercado foi que o Banco Central não deu indícios de um fim do ciclo de alta da Selic.

Diante disso, o Ibovespa operava em queda de 1,98% na quinta-feira (18). E nesse contexto, muitos investidores começam a se questionar se não seria uma boa estratégia ficar “short” na bolsa — isto é, operar vendido — como forma de proteção.

Para Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden, respectivos CEO e co-fundador da Empiricus, “não dá para ‘shortear’ bolsa” agora.

Em um podcast recente, os analistas apontaram que, neste momento, os investidores podem estar ignorando dois fatores importantes que podem fazer a bolsa brasileira voltar a subir.

Por que ‘efeito Biden’ e alta da Selic podem ser positivos para a bolsa?

Diante dos juros altos, bolsa caindo e dólar acima dos R$ 6, alguns investidores pessoa física, institucionais e até mesmo fundos importantes estão adotando posições short, ou seja, estão apostando na queda das ações brasileiras.

Contudo, na visão dos analistas, há dois fatores que não estão sendo levados em conta pelo mercado. O primeiro deles seria justamente a decisão do Copom.

Eles apontaram que, embora a Selic em trajetória de alta seja, em um primeiro momento, ruim para a bolsa, ela pode ter mais efeitos positivos do que negativos.

Vale ressaltar que, mesmo com a apresentação do pacote de gastos ao Congresso no início do mês, o mercado continua projetando uma escalada da dívida pública nos próximos anos.

Assim, segundo os analistas, um cenário pior para a bolsa seria se o Banco Central não tivesse tomado uma atitude para ancorar as expectativas monetárias diante da perda da credibilidade fiscal.

Além disso, eles destacam que a alta do juros já está precificada nos ativos de risco. Ou seja, mesmo que a Selic chegue a quase 15% ao ano, esse movimento deve ter um impacto reduzido nas ações.

Outro fator apontado pelos analistas é o que eles chamaram de “efeito Biden”. Nos últimos dias, o quadro de saúde do presidente Lula levantou o questionamento sobre uma possível aposentadoria.

Na visão dos analistas, caso o presidente decida não concorrer às próximas eleições, “não existe outro candidato da esquerda”. Assim, num cenário em que Lula não esteja na disputa, as chances de que um concorrente mais pró-mercado vença, aumentam.

E como o mercado tende a antecipar as reações, esse movimento também poderia representar uma alta das ações. Por esses fatores, eles acreditam que apostar contra a bolsa agora é um movimento arriscado.

Além dos dois fatores apresentados, os analistas da Empiricus vêm alertando aos investidores há algum tempo que a bolsa brasileira negocia a um desvio padrão abaixo da média histórica.

Em outras palavras, as ações domésticas já caíram muito e na visão da casa de análise, não há justificativas para que esses ativos continuem caindo. Assim, qualquer mudança positiva no cenário macroeconômico pode trazer fôlego para os ativos de risco.

Assim, apesar do sentimento negativo nos mercados, os analistas da casa continuam acreditando que é hora do investidor aproveitar as oportunidades da bolsa.

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Embora os analistas da Empiricus apontem que não é o momento de apostar contra a bolsa brasileira, eles também reforçam que o investidor “não precisa correr risco demais para comprar excelentes empresas”.

Como expliquei anteriormente, os analistas avaliam que a bolsa está barata e portanto, há excelentes ações sendo negociadas com desconto.

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