Após o fechamento do mercado de quinta-feira, 30 de janeiro de 2025, a Apple (NASDAQ:AAPL) surpreendeu o mercado ao divulgar uma previsão de crescimento de receita na faixa de um dígito baixo a médio, superando em parte as estimativas de Wall Street.
No pós-mercado, as ações da empresa negociadas em Nova Iorque subiam 3,0%, na última verificação, indicando confiança dos investidores na recuperação de vendas, sobretudo com a chegada de novos recursos de inteligência artificial. A Apple também é negociada na B3 através da BDR (BOV:AAPL34). As BDRs fecharam o dia em baixa de 0,93%, cotadas a um último preço de R$ 69,99 reais.
No encerramento do primeiro trimestre fiscal que encerrou até 28 de dezembro, a Apple registrou uma receita total de US$ 124,30 bilhões, acima dos US$ 124,12 bilhões projetados pelos analistas monitorados pela LSEG. O lucro líquido da empresa foi de US$ 36,33 bilhões, aumentando em comparação aos US$ 33,92 bilhões do mesmo período no ano anterior.
Embora a receita global tenha subido, as vendas do iPhone ficaram em US$ 69,14 bilhões, ligeiramente abaixo das estimativas de US$ 71,03 bilhões, representando um recuo de cerca de 1% ano a ano. As vendas do iPhone abaixo do esperado pode ser atribuído em parte ao lançamento escalonado do Apple Intelligence, a plataforma de inteligência artificial que ainda não está disponível em todos os mercados.
Na China, um dos principais mercados da Apple, as vendas recuaram 11%, somando US$ 18,51 bilhões, abaixo dos US$ 20,82 bilhões de 2023 e da projeção de US$ 21,33 bilhões esperada por alguns analistas. A categoria de Wearables (Apple Watch, AirPods, Beats e o Vision Pro) totalizou US$ 11,75 bilhões, abaixo da projeção de US$ 12,01 bilhões.
Por outro lado, as linhas Mac e iPad surpreenderam positivamente. O Mac atingiu US$ 8,99 bilhões em vendas, superando os US$ 7,96 bilhões estimados. Já o iPad alcançou US$ 8,09 bilhões, também acima dos US$ 7,32 bilhões previstos. O lançamento de novos modelos com chips mais avançados e à maior oferta de recursos do Apple Intelligence beneficiaram as vendas de dispositivos de tela maior.
O segmento de Serviços (iCloud, Apple Music e licenciamento via App Store) chegou a US$ 26,34 bilhões, superando os US$ 26,09 bilhões previstos pelos analistas e registrando alta de 13,9% no comparativo anual.
A margem bruta no período atingiu 46,9%, ultrapassando a expectativa de 46,5%. Para o segundo trimestre fiscal, a empresa projeta uma margem na faixa de 46,5% a 47,5%. Tim Cook, CEO, reiterou que a empresa planeja levar a plataforma Apple Intelligence a mais mercados e idiomas, incluindo o chinês simplificado, para reforçar as vendas de iPhones e outros dispositivos.
A Apple também manteve sua política de retorno de capital aos acionistas, pagando US$ 0,25 de dividendo por ação e direcionando US$ 30 bilhões para recompras de ações e distribuições de dividendos.