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Bolsas mundiais:   Os futuros americanos operam estáveis, com os investidores otimistas em relação a um plano de investimentos em infraestrutura de inteligência artificial de Donald Trump.

Nos Estados Unidosos índices futuros operam no campo positivo, com os investidores avaliando as declarações de política comercial do presidente Trump e uma série de resultados de empresas nesta semana.

As ações foram de certa forma impulsionadas pela decisão de Trump de evitar a imposição de tarifas severas de importação, embora ele tenha dito que estava considerando impor taxas ao México e ao Canadá já em 1º de fevereiro. As tarifas sobre a União Europeia e um imposto punitivo sobre a China também estavam sendo discutidos, disse Trump.

A expectativa de que Trump pode ser menos agressivo nas tarifas ajuda a sustentar o bom humor. Ontem à noite, ele disse que estuda uma sobretaxa de 10% para a China, “provavelmente” no dia 1º/2.

O presidente em exercício da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), Mark Uyeda, anunciou nesta terça-feira a criação de uma força-tarefa para lidar com o mercado de criptomoedas.

Na Europa,  as bolsas operam em alta, conforme investidores ponderam sinais para a trajetória de juros do Banco Central Europeu (BCE), após diversos dirigentes sinalizarem provável corte das taxas na próxima semana. Os ganhos fortes levaram Londres e Frankfurt a renovarem alta histórica, impulsionadas ainda por balanços e colocando em segundo plano preocupações com tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump. O índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,64%, a 529,35 pontos.

Segundo o Danske Bank, o foco dos investidores está mudando gradativamente nesta semana dos impactos de ameaças tarifárias de Trump para as decisões monetárias dos principais BCs na próxima semana.

No Fórum Econômico Mundial, em Davos, dirigentes do BCE sinalizaram que um corte de juros na próxima semana é provável. François Villeroy de Galhau (França) projetou queda das taxas para nível próximo de 2% até o verão do Hemisfério Norte, enquanto Klass Knot (Holanda) disse estar “confortável” com relaxamento monetário nas próximas duas reuniões.

Mais cautelosa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que espera uma redução gradual dos juros europeus, mas reiterou que os dirigentes não estão “atrás da curva”, em entrevista à CNBC. Lagarde alertou ainda que a União Europeia (UE) deve se preparar para as tarifas comerciais de Trump e seus efeitos sobre a economia local. Lagarde falará novamente em Davos nesta tarde, às 12h15 (de Brasília).

Na Ásia,  as bolsas encerraram sem direção única, encontrando catalisadores divergentes nas novas políticas do presidente dos EUA, Donald Trump. A Bolsa de Tóquio teve fortes ganhos, após o SoftBank anunciar planos de investimentos em inteligência artificial (IA) junto com o governo dos EUA, enquanto as bolsas da China recuaram diante do anúncio de tarifas comerciais.

No Japão, o índice Nikkei fechou em alta de 1,58%, a 39.646,25 pontos, impulsionado pelo salto de 11% do SoftBank Group. O banco japonês anunciou um plano de investimento de US$ 500 bilhões em parceria com a OpenAI, a Oracle e o governo americano para construir infraestruturas de data centers IA nos EUA.

O índice Taiex subiu 0,97%, a 23.525,41 pontos, em Taiwan, com a TSMC – uma das principais fabricantes globais de chips para IA – em alta de 1,34%, apesar das dificuldades de produção impostas por recente terremoto na região. Na Coreia do Sul, o índice Kospi avançou 1,15%, a 2.547,06 pontos, em Seul, também impulsionado por ações de tecnologia.

Os ativos chineses foram pressionados pelas novas políticas americanas. Trump anunciou ontem que a imposição de tarifas de 10% sobre importações da China ainda estava sobre a mesa e podem entrar em efeito a partir de 1º de fevereiro. O Deutsche Bank nota que os comentários deixam muita incerteza sobre o comércio no curto prazo. Na China continental, o Xangai Composto encerrou em queda de 0,89%, a 3.213,62 pontos, enquanto o Shenzhen Composto caiu 1% a 1.920,43 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,63%, a 19.778,77 pontos.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 75,58   (-0,33%).

Brent  é negociado a US$  79,13 (-0,20%).

Bitcoin:

Negociado a US$  105.007,16 (-1,31%).

Ouro:

Negociado a US$ 2.759,14 a onça-troy (+0,52%).

Minério de ferro: 

Negociado na bolsa de Dalian, -0,44%, a 800,50 iuanes (US$ 110,09).

Brasil:

INSS: O governo federal já contratou a ferramenta de inteligência artificial (IA) que utilizará para combater fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A contratação do sistema, de uma empresa dos Estados Unidos, custou cerca de US$ 10 milhões. O responsável pela contratação foi a estatal Dataprev e a implementação da ferramenta está em fase de “calibração” — informações estão sendo reunidas para serem usadas na análise de dados.

Aluguéis comerciais no Brasil sobem 7,8% em 2024 e batem recorde histórico no índice FipeZap. O mercado de aluguéis comerciais no Brasil registrou alta de 7,8% em 2024, atingindo o maior valor da série histórica do índice FipeZap. A expansão foi impulsionada pelo crescimento econômico acima das expectativas e pelo aquecimento do mercado de trabalho, destacando Niterói, Curitiba e Rio de Janeiro como líderes no aumento de preços.

Economia:

Inflação:  EQI Asset revisa projeção da Selic de 2025 para 16,25%. Revisamos nossa projeção para a taxa Selic, que deve alcançar 16,25%, ante nossa expectativa anterior de 15,25%. A desinflação nos próximos trimestres será mais difícil, com a desancoragem das expectativas. Além disso, a depreciação do real no ano passado ainda irá afetar os preços de importados e industrializados ao longo do primeiro semestre de 2025. Com isso, além das próximas duas altas de 100 pontos-base (pbs) anunciadas pelo Copom, esperamos altas adicionais que empurrem a Selic para patamar ainda mais restritivo. Conheça a EQI aqui.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou na terça-feira ter aprovado um financiamento de R$ 20 milhões para a Squadra Tecnologia S/A desenvolver uma plataforma de transformação digital que inclui recursos de inteligência artificial.

A decisão do Mercado Livre de encerrar o Mercado Shops pode beneficiar a Locaweb (LWSA), segundo o Itaú BBA, devido à provável migração de vendedores para plataformas que integram múltiplos canais. A mudança reforça a vertical de commerce da Locaweb, responsável por 69,6% da receita no último trimestre, e ocorre em um momento de ações desvalorizadas, com recomendação neutra do banco.

Amazon Brasil: Daniel Mazini, veterano da Amazon e country manager no Brasil desde 2021, deixou o cargo na segunda-feira. Sob sua gestão, a operação brasileira enfrentou desafios diante da dominância do Mercado Livre, que continua liderando o mercado local.

Gerdau: com foco em navegar por cenários desafiadores, a Gerdau traçou um plano cauteloso para 2025. O presidente da companhia, Gustavo Werneck, afirmou que, apesar de uma perspectiva positiva no médio prazo para a indústria sob o governo Donald Trump, a siderúrgica não espera impactos significativos no curto prazo. A empresa, que tem 40% de seu faturamento nos Estados Unidos, segue com investimentos estratégicos, mas adota prudência no Brasil e em outras operações globais, como no México.

Crowdfunding imobiliário: Com a redução dos recursos da poupança para o setor, incorporadoras menores aumentaram a captação via crowdfunding. Em 2024, o volume de operações saltou para R$ 1,385 bilhão, quase quadruplicando em relação ao ano anterior. Novas regras da CVM, permitindo a emissão de CRIs e CRAs, impulsionaram esse crescimento, atraindo investidores individuais e institucionais. Espera-se que o segmento continue expandindo nos próximos anos.

Agenda Econômica:

🇧🇷 08h00 – Brasil/FGV: Boletim Icomex – dezembro
🇺🇸 12h00 – índice de indicadores antecedentes dezembro, pelo Conference Board
🇧🇷 14h30 – Brasil/BC: Fluxo cambial semanal

Balanços📊 ⚠️
🇺🇸 NY/Antes da abertura: Procter&Gamble
🇺🇸 NY/Após o fechamento: Alcoa

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,39%, aos 123.338 pontos. O volume ficou em R$ 16,6 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Maiores altas do Ibovespa

USIM5
+5.35%
R$ 5,31
BRAV3
+4.25%
R$ 24,72
BRKM5
+3.56%
R$ 14,23
PSSA3
+3.26%
R$ 37,90
EMBR3
+2.86%
R$ 62,46

Maiores baixas do Ibovespa

BRFS3
-6.61%
R$ 21,75
MRFG3
-4.04%
R$ 14,95
RAIZ4
-3.10%
R$ 1,87
AMOB3
-3.03%
R$ 0,32
IRBR3
-2.31%
R$ 50,70

Dólar:

O dólar fechou em queda de 0,18%, cotado a R$ 6,0313.

IFIX:

O índice fechou em queda de 0,66%, aos 3.018,70 pontos, a mínima foi de 3.018,53 pontos e a máxima de 3.044,99 pontos.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)