No quarto trimestre, a Exxon Mobil (NYSE:XOM) surpreendeu o mercado ao apresentar lucros acima das previsões, mesmo com uma receita um pouco abaixo das estimativas. O lucro líquido atingiu US$ 7,61 bilhões, ou US$ 1,72 por ação, superando o consenso de Wall Street de US$ 1,55 por ação para o lucro ajustado, mesmo com os desafios de preços mais baixos de gás natural e margens de refino pressionadas.

As ações da Exxon Mobil inicialmente subiram pela manhã, mas recuavam 0,7% mais tarde no pregão, na última verificação. A Exxon Mobil também é negociada na B3 através da BDR (BOV:EXXO34). As BDRs caíam 1,0%, simultaneamente.

O fluxo de caixa livre (FCF) de US$ 8 bilhões no trimestre, embora menor do que os US$ 11,33 bilhões registrados no período anterior, ainda ficou bem acima das projeções, que giravam em torno de US$ 6,6 bilhões. No acumulado do ano, o FCF caiu levemente, passando de US$ 36,2 bilhões para US$ 34,4 bilhões, mas sustentou o comprometimento da empresa em remunerar seus acionistas.

Somente em 2024, foram distribuídos US$ 36 bilhões, somando dividendos e recompras de ações.

Em termos de produção, a Exxon Mobil alcançou a marca de 4,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia no quarto trimestre, refletindo aumento em relação aos meses anteriores e registrando para o ano inteiro 4,3 milhões de barris diários. Esse volume foi impulsionado pelo desempenho recorde na Guiana e na Bacia do Permiano. A aquisição da Pioneer Natural Resources, concluída em maio, também ajudou a consolidar a liderança da Exxon como uma das maiores produtoras nos Estados Unidos.

Entretanto, margens de refino mais baixas e a oferta crescente de combustíveis em países da Ásia e da África ainda representam fatores de atenção. A diretora financeira da empresa, Kathryn Mikells, alertou que esses elementos podem continuar pesando sobre o segmento de refino ao longo de 2025.