Tivemos a posse de Donald Trump e começam as primeiras declarações do novo presidente que promete ser muito rígido com as tarefas que serão impostas aos parceiros comerciais dos EUA. Especula-se que o novo governo possa adotar medidas inflacionárias, como cortes de impostos e tarifas de importação, o que terá impactos significativos sobre a moeda americana. Essas expectativas aumentam a volatilidade e podem influenciar a cotação do índice DXY, e consequentemente afetar a nossa moeda, especialmente com relação aos movimentos globais.

Além disso, dados econômicos recentes apontam para um crescimento positivo: o PIB da China superou as expectativas, com alta de 5,4% no quarto trimestre, e a produção manufatureira nos EUA cresceu 0,6% em dezembro. Esses números ajudam a manter o otimismo no mercado, mas a principal influência sobre o USDBRL será a condução da política econômica americana. As decisões de Trump, que visam mudanças no controle de déficits e uma postura mais rígida contra países produtores de petróleo, podem gerar reflexos diretos nas cotações da moeda.

Do ponto de vista técnico, o USDBRL está oscilando entre a resistência em R$6,30 e o suporte em R$5,85, criando um ambiente de cautela. O preço não conseguiu renovar os topos recentes, com o mais alto registrado em R$6,30 e o mais baixo em R$6,23, o que indica dificuldades para avançar e testar novas máximas. A formação atual sugere dois cenários possíveis:

Primeiro, o ativo pode estar em um processo de correção, configurando uma bandeira, onde a média móvel e a linha de tendência de baixa (LTB) atuam como resistências. Caso o preço consiga superar o topo anterior, em R$6,23, a continuidade do movimento altista é possível, com novas altas sendo projetadas.

Por outro lado, se o preço não conseguir seguir em direção ao topo e perder R$6,04, pode-se considerar que um pivô de baixa foi acionado, com o ativo buscando o suporte de R$5,85 como ponto crucial. Nesse caso, uma possível quebra do suporte poderia gerar uma correção mais profunda.

O USDBRL está em um momento de indecisão, com os investidores atentos aos desdobramentos econômicos nos EUA e suas possíveis implicações para a moeda. A resistência em R$6,30 e o suporte em R$5,85 são os principais pontos de atenção, com o comportamento do ativo dependendo da capacidade de romper essas zonas. A postura do governo Trump será determinante para a definição da direção do dólar, e o mercado estará atento a qualquer sinal de mudanças na política econômica americana, que podem impactar diretamente as cotações do real.

Disclaimer: As análises aqui apresentadas são apenas estudos. Elas não são recomendações de investimento, nem de compra nem de venda, tampouco refletem a opinião do veículo de mídia na qual estão sendo divulgadas. São estudos direcionados a pessoas com conhecimento e experiência no mercado financeiro. Nosso Autor: Pedro Pelicano