O Ibovespa encerrou em leve queda nesta quarta-feira, pressionado por Vale, em sessão de poucos catalisadores, e com acionamento de “stop” em posições compradas no dólar, que encerrou abaixo de R$6,00 pela primeira vez desde 26 de novembro – véspera da apresentação do pacote de contenção de gastos.
O índice Bovespa terminou com queda de 0,30%, aos 122.971 pontos. O volume ficou em R$ 19,2 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
Os vértices da curva de juros encerraram em queda de até 7,0 pontos-base, com ênfase na cauda longa, em contrapasso às Treasuries yields, que avançavam ao longo da sessão. O dólar à vista fechou em queda de 1,41%, a R$5,9463. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, operava ao fim da tarde em leve alta de 0,15%, aos 108,24 pontos.
De acordo com traders ouvidos pela Mover, o dólar registou firme queda na sessão de hoje ao ser pressionado por um movimento de “stop” de posições compradas e após uma captação de cerca de US$500 milhões da Usiminas, o que favoreceu o real ante a moeda americana. Além disso, o noticiário político esvaziado no Brasil, em função do recesso do Congresso, também contribuiu para menor ruído visto nos mercados.
Investidores tambem reduziram os prêmios na curva de juros, acompanhando o câmbio. Também mais cedo, Banco Central reportou fluxo cambial positivo de US$806 milhões entre 13 e 17 de janeiro, com entrada de US$1,2 bilhão pelo canal financeiro. Já o saldo do canal comercial, no período, foi negativo em US$430 milhões.
Pela manhã, em entrevista o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o governo está fazendo o balanço das alterações nas medidas de contenção de gastos aprovadas pelo Congresso no fim do ano passado, acrescentando que, se necessário, novos projetos serão apresentados.
Ceron ainda falou que o compromisso fiscal do governo para 2025 é o mesmo do ano passado, quando o Executivo conseguiu ficar próximo do centro da meta fiscal, e ressaltou que a inflação precisa ser levada de volta para próximo da meta de 3%, perseguida pelo Banco Central.
No âmbito corporativo, destaque para a alta das ações da Azul, que dispararam, em linha com a desvalorização do dólar, e após a companhia anunciar que quase a totalidade do valor principal dos títulos de dívida emitidos pela companhia foram trocados por novas obrigações, em meio ao processo de reestruturação financeira da aérea.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores detratoras do índice foram as ON da Vale, da Raia Drogasil e da Ambev, que recuaram 2,52%, 4,52% e 2,04%, respectivamente.
Entre as principais quedas do Ibovespa, destaque para as ON da Raia Drogasil, da Brava e da Minerva, que cederam 4,52%, 4,13% e 3,42%, respectivamente.
Na ponta positiva, destaque para as ON da CVC, as PN da Azul e as ON da LWSA, que avançaram 6,36%, 6,98% e 5,66%, nesta ordem.
No mercado de commodities, os futuros do petróleo Brent operavam em queda de 0,38% a US$78,99 ao fim do dia, enquanto o mercado considera como as tarifas propostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, podem afetar o crescimento econômico global e a demanda por energia.
Os contratos futuros do minério de ferro caíram 0,44% em Dalian na última madrugada, pressionados por preocupações de que o presidente Trump poderia impor tarifas mais altas sobre as importações chinesas.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/01/2025 | -0,13% | 120.125,39 | R$ 19,2 bilhões |
03/01/2025 | -1,33% | 118.532,68 | R$ 20,3 bilhões |
06/01/2025 | 1,26% | 120.021,52 | R$ 19,0 bilhões |
07/01/2025 | 0,95% | 121.162,66 | R$ 21,0 bilhões |
08/01/2025 | 1,27% | 119.624,51 | R$ 19,4 bilhões |
09/01/2025 | 0,13% | 119.780,56 | R$ 13 bilhões |
13/01/2025 | 0,13% | 119.006,93 | R$ 16,4 bilhões |
14/01/2025 | 0,25% | 119.298,67 | R$ 19,1 bilhões |
15/01/2025 | 2,81% | 122.650,20 | R$ 19,2 bilhões |
16/01/2025 | 1,15% | 121.234,14 | R$ 30,1 bilhões |
17/01/2025 | 0,92% | 122.350,38 | R$ 22,6 bilhões |
20/01/2025 | 0,41% | 122.855,15 | R$ 11,5 bilhões |
21/05/2025 | 0,39% | 123.338,34 | R$ 16,6 bilhões |
22/05/2025 | -0,30% | 122.971,77 | R$ 19,2 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reafirmou, em Foz do Iguaçu (PR), que o governo não acredita que haverá aumento no preço das passagens aéreas se for confirmada a fusão entre as companhias Azul e Gol. Saiba mais…
Azul (AZUL4)
A Azul divulgou o encerramento e os resultados finais das ofertas de troca de notas existentes. Saiba mais…
CPFL Energia (CPFE3)
O Grupo CPFL vai substituir até 2029 medidores de energia por equipamentos digitais e mais inteligentes (smart meters) em suas três concessões de distribuição de energia no Brasil. Saiba mais…
Gerdau (GGBR4)
A Gerdau informou que suas controladas acertaram com a Atiaia Energia contratos para compra das empresas Rio do Sangue e Paranatinga Energia, detentoras das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) Garganta da Jararaca e Paranatinga II, respectivamente, localizadas no Mato Grosso. Saiba mais…
Itaúsa (ITSA4)
A Itaúsa realizará o pagamento das frações de ações decorrente de bonificação. Foram vendidas 332.501 ações escriturais, sendo 44.778 ordinárias e 287.723 preferenciais. Saiba mais…
JBS (JBSS3)
A JBS anunciou em nota a doação de 3 milhões de tags para rastreamento de rebanhos no Pará, ação na qual terá apoio de parceiros. A iniciativa foi comunicada durante o painel “De Davos a Belém: Definindo o caminho do Brasil para uma indústria de gado sustentável e de baixo carbono”, no Fórum Econômico Mundial, em Davos. A companhia também revelou o lançamento do programa “Acelerador JBS”, que ajudará os produtores na aplicação das tags. As iniciativas fazem parte de um programa liderado pelo governo do Pará para rastrear todo o rebanho de bovinos e búfalos do Estado até o fim de 2026, explicou a empresa em nota. Saiba mais…
Mobly (MBLY3)
O Conselho de Administração da Mobly aprovou a homologação parcial da primeira emissão de debêntures, conversíveis em ações, em série única, para colocação privada, no valor de R$ 132,2 milhões. Saiba mais…
Nexpe (NXPE3)
A Nexpe anunciou a extensão do prazo de vencimento das notas comerciais escriturais emitidas no âmbito de seu Financiamento DIP. O comunicado detalhou que as notas, não conversíveis em ações e emitidas em sete emissões entre junho de 2023 e abril de 2024, totalizam R$ 31,5 milhões. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras celebrou aditivos aos contratos de afretamento e de prestação de serviços do FPSO Cidade de Angra dos Reis, no campo de Tupi. Dessa forma, fica prorrogado o prazo de afretamento da unidade por mais cinco anos, até 2030. Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)