O Ibovespa encerrou em forte alta nesta quinta-feira, impulsionado pelas ações da Vale e da Petrobras, com investidores repercutindo declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a manhã, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, vistas como pró-mercado.
O índice Bovespa terminou em alta de 2,82%, aos 126.912 pontos, repercutindo também decisão do Copom de ontem, que elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, em linha com esperado. O volume negociado na B3 ficou em R$ 25,4 bilhões, acima da média de 50 pregões.
Os vértices da curva de juros encerraram em firme queda de até 46 pontos-base, com ênfase na cauda curta. A desidratação na curva também foi apoiada por dados mais fracos do Caged e um menor leilão de pré-fixados.
O presidente Lula elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse confiar no trabalho do atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Lula voltou a defender a autonomia do BC, mas não sem passar um recado, ao dizer esperar que Galípolo “saiba que o povo brasileiro precisa da baixa de juros”.
O presidente também fez elogios à nova gestão da Vale, depois de ter se reunido recentemente com o CEO, Gustavo Pimenta, e defendeu que não haverá interferência do governo em decisões da Petrobras sobre preço dos combustíveis, ajudando a impulsionar as ações de ambas as companhias na B3.
Durante a tarde, dados do Caged mostraram que o Brasil fechou mais de 500 mil vagas formais de trabalho em dezembro, mas encerrou 2024 com um saldo positivo de 1,69 milhões de postos de trabalho. Foi o pior resultado para o mês desde 2020, quando começou a série histórica, porém o saldo de empregos formais em 2024 foi o melhor resultado anual desde 2022.
O dólar à vista fechou em queda de 0,26%, a R$5,8532, sétima perda consecutiva. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, operava ao fim da tarde em leve alta de 0,08%, aos 108,03 pontos.
Durante a tarde, o Tesouro divulgou que o governo central entregou no ano passado um resultado primário dentro do limite superior da banda, registrando déficit de R$11 bilhões, o equivalente a 0,09% do Produto Interno Bruto (PIB). Na coletiva de imprensa de hoje, Lula disse que isso seria o mesmo que zero.
Os números divulgados não consideram as despesas com a calamidade do Rio Grande do Sul. Os dados levam em conta Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC) e excluem despesas com a dívida pública. Somando as despesas excluídas do cômputo da meta fiscal, como os gastos com o RS, o déficit no ano foi de R$43 bilhões, equivalente a 0,36% do PIB.
No âmbito corporativo, destaque para as ações da Vale e da Petrobras que reagiram de forma positiva aos acenos de Lula, enquanto ações cíclicas domésticas e de empresas alavancadas tiveram bom desempenho na sessão devido à desidratação da curva de juros.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores contribuidoras do índice foram as ON da Vale, as PN do Itaú e do Bradesco, que avançaram 4,22%, 2,44% e 5,47%, respectivamente.
Entre as principais altas do Ibovespa, destaque para as ON da Magazine Luiza, da Yduqs e da CVC, que subiram 12,59%, 9,86% e 8,33%, respectivamente.
Na ponta negativa, destaque para as ON da Petz, as PNA da Braskem e as ON da BB Seguridade, que recuaram 2,21%, 1,27% e 0,44%, nesta ordem.
No mercado de commodities, os futuros do petróleo Brent operavam em queda de 0,68% a US$76,06 ao fim do dia, pelas ameaças de tarifas dos EUA sobre o petróleo canadense e mexicano, que podem entrar em vigor neste fim de semana.
No mercado de minério de ferro, investidores estarão sem a principal referência até 4 de fevereiro, pelo feriado de Ano Novo Lunar na China. As operações serão retomadas em 5 de fevereiro.
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| Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
| 02/01/2025 | -0,13% | 120.125,39 | R$ 19,2 bilhões |
| 03/01/2025 | -1,33% | 118.532,68 | R$ 20,3 bilhões |
| 06/01/2025 | 1,26% | 120.021,52 | R$ 19,0 bilhões |
| 07/01/2025 | 0,95% | 121.162,66 | R$ 21,0 bilhões |
| 08/01/2025 | 1,27% | 119.624,51 | R$ 19,4 bilhões |
| 09/01/2025 | 0,13% | 119.780,56 | R$ 13 bilhões |
| 13/01/2025 | 0,13% | 119.006,93 | R$ 16,4 bilhões |
| 14/01/2025 | 0,25% | 119.298,67 | R$ 19,1 bilhões |
| 15/01/2025 | 2,81% | 122.650,20 | R$ 19,2 bilhões |
| 16/01/2025 | 1,15% | 121.234,14 | R$ 30,1 bilhões |
| 17/01/2025 | 0,92% | 122.350,38 | R$ 22,6 bilhões |
| 20/01/2025 | 0,41% | 122.855,15 | R$ 11,5 bilhões |
| 21/01/2025 | 0,39% | 123.338,34 | R$ 16,6 bilhões |
| 22/01/2025 | -0,30% | 122.971,77 | R$ 19,2 bilhões |
| 23/01/2025 | -0,40% | 122.483,32 | R$ 18,9 bilhões |
| 24/01/2025 | 0,03% | 122.446,94 | R$ 14,5 bilhões |
| 27/01/2025 | 1,97% | 124.861,50 | R$ 22,9 bilhões |
| 28/01/2025 | -0,65% | 124.055,50 | R$ 16,3 bilhões |
| 29/01/2025 | -0,50% | 123.432,12 | R$ 14,9 bilhões |
| 30/01/2025 | 2,82% | 126.912,78 | R$ 25,4 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Azul (AZUL4)
A S&P Global Ratings informou que avaliará a nova estrutura de capital da Azul e provavelmente elevará os ratings nos próximos dias. Saiba mais…
Cosan (CSAN3)
A Cosan informou que a sua subsidiária integral Cosan Luxembourg S.A. decidiu exercer a cláusula de call antecipado relativa aos Bonds com vencimento em janeiro de 2027. Saiba mais…
Guararapes (GUAR3)
A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou para ‘A+(bra)’, de ‘A(bra)’, o Rating Nacional de Longo Prazo da Guararapes. Saiba mais…
Intelbras (INTB3)
A Intelbras contratou financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, no montante total de R$ 200 milhões, liberado de acordo com o andamento do projeto, entre o período de 2025 a 2027. Saiba mais…
Melnick
A Melnick dará início à atuação no mercado imobiliário na capital do Estado de São Paulo, em parceria com a Even, por meio de um projeto imobiliário com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 700 milhões, sendo que a participação da Companhia é de 25%. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras informa que suas estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da SEC (US Securities and Exchange Commission), resultaram em 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro de 2024. Deste total, 85% são de óleo e condensado e 15% de gás natural. Saiba mais…
A Petrobras deliberou o cancelamento da totalidade das 155.468.500 ações preferenciais de emissão da companhia mantidas em tesouraria, sem redução do capital social¸ as quais foram adquiridas no âmbito do seu último programa de recompra de ações. Saiba mais…
A Petrobras aplicará redução média de 1% nos preços de venda da molécula de gás natural, em relação ao trimestre anterior, conforme os contratos acordados pela companhia com as distribuidoras. Os novos valores passam a valer a partir de 01/02/25. Saiba mais…
Telefônica Brasil (VIVT3)
O conselho de administração da Telefônica Brasil aprovou a convocação de uma assembleia geral extraordinária a ser realizada, em primeira convocação, em 13 de março de 2025 (AGE) para deliberar sobre a proposta de grupamento da totalidade das ações ordinárias de emissão da companhia, na proporção de 40 ações para 1 ação, e de subsequente desdobramento, de modo que 1 ação grupada passe a corresponder a 80 ações, sem alteração do valor do capital social da companhia, mas tão somente do seu número total de ações. Saiba mais…
WEG (WEGE3)
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição pela WEG da Reivax e suas subsidiárias. O despacho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)