A Plano&Plano divulgou em sua prévia operacional referente do quarto trimestre (4T24) que teve no período vendas líquidas (100%) R$ 707,1 milhões.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:PLPL3) nesta quarta-feira (15).
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Os lançamentos realizados no período somaram R$ 1,3 bilhão, marcando um crescimento expressivo de 123,2% em comparação ao terceiro trimestre de 2024 (3T24). No acumulado do ano, os lançamentos atingiram R$ 3,7 bilhões, representando um aumento de 26% em relação a 2023. Esses resultados consolidam 2024 como o melhor ano da história da companhia nessa métrica.
As vendas líquidas também alcançaram patamares inéditos. No ano, o total de vendas chegou a R$ 3,4 bilhões, o que representa um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. A empresa atribui este resultado a uma estratégia consistente de lançamentos e à manutenção da demanda por seus empreendimentos no mercado privado.
Outro destaque foi a geração de caixa operacional, que totalizou R$ 260,4 milhões em 2024, com R$ 94 milhões registrados apenas no quarto trimestre. Este resultado reforça a solidez financeira da Plano&Plano e sua capacidade de gerar recursos para sustentar o crescimento.
O banco de terrenos (landbank) da empresa também registrou um marco significativo, alcançando R$ 27,6 bilhões no 4T24. Este número representa um aumento de 131,6% em relação ao 4T23 e reflete a ampliação do portfólio de projetos futuros, garantindo perspectivas positivas para os próximos anos.
VISÃO DO MERCADO
O Itaú BBA avalia que os números relatados foram mistos, uma vez que os lançamentos superaram suas expectativas em 30%, mas as vendas ficaram aquém de sua previsão em 10%, resultando na velocidade de vendas caindo para o menor nível desde o início de 2021.
Os lançamentos dobraram no trimestre (excluindo Pode Entrar no 3T24) e diminuíram 10% na base anual para R$ 1,3 bilhão. As vendas líquidas totalizaram R$ 653 milhões.
O Bradesco BBI, por sua vez, classifica os dados com mistos, principalmente devido a outro pico inesperado nos cancelamentos de vendas para 15,2% das vendas brutas.
De acordo com a administração, esse aumento foi resultado de uma estratégia comercial específica adotada pela empresa em projetos recentes e focada nas vendas líquidas gerais, que cresceram 13% na base anual ex-Pode Entrar.
Do lado positivo, o BBI pontua que os lançamentos foram sólidos, embora concentrados em dezembro, sugerindo que as vendas mudaram para o 1T25.
O BBI mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 21.
“Apesar da surpreendente expansão forte de lançamentos neste trimestre, a VSO trimestral ficou aquém da média da empresa nos últimos trimestres, provavelmente devido à forte concentração de lançamentos no final de dezembro, o que reduziu o tempo de vendas”, explica XP.
No entanto, a XP espera que a Plano&Plano mantenha um forte ritmo de crescimento operacional em 2025, apoiado por (i) um forte momento de demanda em São Paulo e (ii) uma perspectiva positiva de geração de caixa, o que pode possibilitar revisões de ganhos no futuro. A corretora reiterou recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 18,0 por ação.