A Raízen anunciou que vai encerrar a operação recorrente de sua planta piloto de etanol de segunda geração localizada no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, em Piracicaba, no interior de São Paulo.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:RAIZ4) na sexta-feira (17).
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A companhia disse em comunicado ao mercado que a medida tem início a partir da próxima safra, que se inicia em 1º de abril, e que a planta passará a operar “como uma unidade dedicada a testes e futuros desenvolvimentos do biocombustível”.
Inaugurada em 2015, a planta piloto, chamada Copi, passou por diversas transformações para aprimoramento e desenvolvimento da tecnologia de produção de etanol de segunda geração (E2G).
Segundo a Raízen, essa tecnologia foi replicada em escala comercial na planta de Bonfim (Planta 2), que já está operacional, e nas plantas Univalem (Planta 3) e Barra (Planta 4), que estão em fase de comissionamento e iniciarão operação após obtenção das autorizações necessárias.
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VISÃO DO MERCADO
As ações da Raízen operam com forte desvalorização na sessão desta segunda-feira (20), com investidores repercutindo os dados operacionais do terceiro trimestre da safra 2024/2025 e a descontinuação da divulgação do guidance financeiro, em razão dos acontecimentos em andamento na companhia. Às 12h55, a ação da companhia recuava 5,88%, cotado a R$ 1,92.
O Itaú BBA avalia que a produtividade da cana-de-açúcar e as taxas de conversão de açúcar foram impactadas negativamente por déficits hídricos e incêndios florestais (esmagamento caiu 27% na base anual), levando a resultados abaixo do esperado.
Já a produção de etanol de segunda geração (E2G) atingiu 18,5 milhões de litros, alta de 23% na base trimestral, com a retomada das operações na Planta Bonfim 2. A planta piloto de Costa Pinto, por sua vez, encerrará as operações regulares.
Enquanto isso, os volumes de vendas no Brasil variaram entre 6,8 a 6,9 milhões de m³, um recuo de 4% na base anual, enquanto os volumes de vendas na América Latina aumentaram 3% na comparação anual, entre 1,9 a 2,0 milhões de m³ (metro cúbico).
Diante disso, o BBA prevê um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 3,375 bilhões para a Raízen no trimestre, com uma Margem Ebitda (Ebitda sobre receita) ajustada de R$ 127/m³ para o negócio de Mobilidade no Brasil. Para o lucro líquido, a previsão de R$ 202 milhões.
O Itaú BBA manteve recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 4,50.
O Bradesco BBI, por sua vez, classificou os números relatados como negativos, pois a cana-de-açúcar processada provavelmente fechará o ano agrícola abaixo da expectativa de 82 milhões de toneladas.
A equipe de análise do BBI também espera uma queda sequencial no EBITDA devido a volumes menores de açúcar e etanol (próprios), apesar dos preços mais altos do etanol.
Além disso, o BBI acredita que as margens para o setor de distribuição de combustíveis no Brasil ficaram mais baixas no 4T24 em comparação ao 3T24, o que pode dificultar uma recuperação sólida para as margens da Raízen, apesar dos bons volumes no trimestre.
Enquanto isso, na avaliação do BBI, a descontinuação da orientação vem conforme o esperado, dado o desempenho recente e as mudanças em andamento dentro da empresa.
Segundo BBI, o Ebitda da Raízen deve atingir R$ 13,8 bilhões para 2025, abaixo da faixa inferior da projeção anterior.