A UniFirst Corporation (NYSE:UNF) anunciou a rejeição, por unanimidade em seu Conselho de Administração, da proposta não solicitada de aquisição feita pela Cintas Corporation (NASDAQ:CTAS).

A oferta incluía a compra de todas as ações ordinárias e Classe B da UniFirst por US$ 275 cada, e implicava em um valor total aproximado de US$ 5,3 bilhões. Isso representava um ágio de 46% sobre a cotação média dos últimos noventa dias.

As ações da UniFirst subiam 20,8%, na última verificação, durante negociações de terça-feira, 07 de janeiro de 2025, enquanto as ações da Cintas subiam 2,7%. A Cintas Corporation também é negociada na B3 através do ticker (BOV:C1TA34).

De acordo com o Conselho da UniFirst, a oferta não correspondia aos interesses de longo prazo da empresa, de seus acionistas e demais partes envolvidas. Além do valor proposto, fatores como riscos de execução, questões comerciais e o potencial impacto sobre a estratégia de crescimento foram centrais na decisão. Nesse contexto, a UniFirst reforçou confiança na atual gestão, buscando oportunidades para criar valor de maneira independente, com o apoio de seus principais acionistas.

A Cintas, por outro lado, manifestou surpresa com a recusa, visto que pretendia discutir termos favoráveis para ambas as partes. Segundo Todd Schneider, presidente e CEO da Cintas, a combinação das duas empresas poderia gerar sinergias em áreas como tecnologia, aumento da capacidade de processamento e maior densidade de rotas para atender aos clientes de forma mais eficiente. Ainda assim, após diversas tentativas de diálogo, a UniFirst manteve sua posição.

De uma perspectiva positiva, a decisão da UniFirst reforça sua autonomia na condução de estratégias de expansão e no aproveitamento de oportunidades futuras.

Já do lado negativo, a recusa fez a empresa abrir mão de um ganho financeiro imediato, que teria sido entregue aos acionistas na forma de um prêmio sobre o valor atual dos papéis. Mesmo assim, JP Morgan Securities e Paul Hastings LLP, consultores financeiro e jurídico da UniFirst, apoiaram a determinação do Conselho.

Agora resta observar sinais se a UniFirst vá rever sua postura de independência ou retomar diálogos sobre uma possível fusão.