O Wells Fargo (NYSE:WFC) encerrou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido de US$ 5,1 bilhões, um salto de 47% em relação ao ano anterior, quando totalizou US$ 3,45 bilhões.

O resultado por ação, ajustado para custos de rescisão, atingiu US$ 1,58, superando a estimativa de US$ 1,35 coletada pela LSEG. Já a receita total ficou em US$ 20,38 bilhões, levemente abaixo das previsões do mercado, que apontavam US$ 20,59 bilhões.

Um dos destaques do período foi o crescimento de 59% nas taxas de banco de investimento, que chegaram a US$ 725 milhões, refletindo a retomada da atividade de fusões, aquisições e emissões de ações e dívidas, alimentada pela confiança crescente no cenário econômico.

No entanto, a receita líquida de juros (NII) retraiu cerca de 7%, totalizando US$ 11,84 bilhões no quarto trimestre. Apesar dessa queda, o Wells Fargo projeta que o NII volte a crescer em 2025, prevendo um avanço de 1% a 3% em relação ao total de US$ 47,68 bilhões registrados em 2024. Se confirmadas, essas estimativas superarão as expectativas de Wall Street, que trabalhava com uma projeção de US$ 47,13 bilhões para o período.

Em termos de despesas, o banco registrou US$ 647 milhões em custos de rescisão no trimestre, abaixo dos US$ 969 milhões do ano anterior, e continua a reduzir seu quadro de funcionários — agora em torno de 217.500 colaboradores, contra quase 226.000 no final de 2023.

A direção também admitiu que o portfólio de empréstimos para escritórios segue apresentando perdas irregulares, mas ressaltou que a tendência pode ser mais branda do que o previsto inicialmente.

A perspectiva otimista para 2025, aliada ao resultado trimestral acima das estimativas, fez as ações do Wells Fargo subirem cerca de 5,9%, na última verificação, para US$ 75,39. O Wells Fargo também é negociado na B3 através da BDR (BOV:WFCO34).