O Ibovespa encerrou em alta o pregão desta sexta-feira, registrando o maior nível de fechamento desde 11 de dezembro, com pesquisa Datafolha apontando que aprovação do governo Lula desabou à mínima histórica de todos mandatos do petista. A notícia acelerou precificação, por operadores, de menor competitividade do petista caso decida concorrer ao pleito presidencial de 2026.
O Índice Bovespa terminou com alta de 2,70%, aos 128.218 pontos, com as estatais Banco do Brasil e Petrobras ampliando ganhos depois da queda acentuada na aprovação do petista, de acordo com Datafolha. O volume negociado na B3 foi de R$20,4 bilhões, abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$16 bilhões.
Os vértices da curva de juros encerraram em queda na sessão regular, renovando mínimas após divulgação da pesquisa Datafolha, por volta das 16h00. A taxa DI com vencimento em janeiro de 2027 recuou 17,5 pontos-base, a 14,75%. Vencimentos para janeiro de 2035, cauda longa, cederam 29 pontos-base, a 14,51%.
O dólar futuro operava em queda de 1,12%, cotado a R$5,712, perto das mínimas intradiárias, que foram tocadas após Datafolha. Ao fim do dia, o índice Dólar DXY, que mede o desempenho desta ante outras moedas, operava em firme queda de 0,27%, aos 106,7 pontos na sessão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve a pior avaliação de toda sua carreira como presidente, de acordo com pesquisa Datafolha de fevereiro. A aprovação do petista recuou fortemente no período, a 24%, ante leitura de 35% apontada em dezembro. Já a reprovação alcançou nível recorde, de 41%, ante 34%.
Foi a pior avaliação do petista no cargo. Antes, a pior leitura de reprovação do petista havia sido alcançada em dezembro de 2024, de 34%. Em termos positivos, a menor leitura alcançada por Lula havia sido de 28% de “ótimo e bom” em outubro e dezembro de 2005, auge da crise do mensalão.
A leitura negativa para Lula foi recebida com positividade por operadores de mercado, em meio à potencial perda de competitividade do petista em 2026, caso decida concorrer à reeleição.
Investidores ponderam, no entanto, potencial risco de novos estímulos fiscais por parte do governo, em meio à desaprovação crescente e sinais incipientes de desaceleração da atividade econômica, de acordo com dados recentes de vendas do varejo e volume de serviços.
Mais cedo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que os juros estão caminhando para patamar “historicamente restritivo”, e ressaltou ser “importante” que o BC “tenha tempo” para avaliar os dados. Ele participou, mais cedo, de evento promovido pela FIESP, onde foi questionado por empresários, como Luiza Trajano, do Magazine Luiza, acerca do processo de aperto monetário.
A presidente do Conselho do Magazine Luiza pediu a Galípolo “para não comunicar mais que terá aumento de juros”, em falas que ecoaram questionamentos realizados anteriormente pelo empresário Rubens Ometto, controlador da Cosan, em meio ao atual encarecimento do custo de crédito.
Galípolo citou dados de alta frequência, que vêm indicando desaceleração da atividade, mas disse ser importante “ter certeza” que eles constituam “tendência”, e não apenas “produzam volatilidade”. O cenário-base para 2025, segundo Galípolo, seria ver “algum tipo de redução da atividade”, em meio ao encarecimento do custo de crédito, com efeitos esperados sobre a atividade econômica.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores contribuidoras do índice foram as PN de Petrobras, Itaú e ON de Banco do Brasil, que avançaram 3,08%, 2,66% e 4,74%, respectivamente.
Entre as principais altas do Ibovespa, destaque para as ON de Vamos, Hapvida e CVC, que subiram 9,17%, 8,19% e 7,03%, respectivamente.
No mercado de commodities, futuros do petróleo Brent para abril recuavam 0,49%, a US$74,65 por barril ao fim do dia, devido às perspectivas de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, que poderia aliviar as interrupções no fornecimento global ao encerrar as sanções contra Moscou. As perdas foram limitadas por um atraso nas tarifas recíprocas imediatas dos EUA.
Os contratos futuros do minério de ferro recuaram 0,98%, na última madrugada em Dalian, embora tenham avançado em Cingapura, com o mercado de olho em ciclone tropical que impactou o maior polo de minério de ferro da Austrália.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
03/02/2025 | -0,13% | 125.970,46 | R$ 19,5 bilhões |
04/02/2025 | -0,65% | 125.147 | R$ 19,8 bilhões |
05/02/2025 | 0,31% | 125.534,07 | R$ 19,5 bilhões |
06/02/2025 | 0,55% | 126.224,74 | R$ 19,0 bilhões |
07/02/2025 | -1,27% | 124.619,40 | R$ 21,0 bilhões |
11/02/2025 | 0,76% | 126.521,66 | R$ 20,0 bilhões |
12/02/2025 | -1,69% | 124.380,21 | R$ 55,7 bilhões |
13/02/2025 | 0,38% | 124.850,18 | R$ 17,7 bilhões |
14/02/2025 | 2,70% | 128.218,59 | R$ 26,3 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Azevedo & Travassos (AZEV3/AZEV4)
No final de janeiro, a Azevedo & Travassos anunciou a divisão parcial de seus negócios, que culminará na criação da Azevedo & Travassos Energia (AZTE). A nova empresa será responsável por concentrar as atividades de energia e exploração e produção de petróleo. Saiba mais…
Braskem (BRKM5)
A Braskem divulgou a entrada em operação do Brillant Future, seu primeiro navio sob leasing. A embarcação, de US$ 80 milhões, foi fabricada na China e fará o transporte de etano na rota entre EUA e México. Saiba mais…
Br Partners (BRBI11)
O BR Partners fechou o quatro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 42,1 milhões, queda de 2,3% na comparação com o mesmo período de 2023. No ano, o ganho somou R$ 193,7 milhões, aumento de 25% e recorde para o banco de investimento. Saiba mais…
Caixa Seguridade (CXSE3)
A Caixa Seguridade fechou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido gerencial de R$ 1,056 bilhão, crescimento de 14,6% em relação ao mesmo período de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o resultado cresceu 5,1%. Saiba mais…
Casas Bahia (BHIA3)
A Casas Bahia anunciou o início operacional de seu fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), com um capital inicial de R$ 300 milhões, buscando otimizar a operação de crediário da companhia. Saiba mais…
Equatorial (EQTL3)
O conselho de administração da Equatorial elegeu Fernanda Sacchi para assumir o cargo de diretora.
Porto (PSSA3)
A Porto Seguro teve lucro líquido recorrente de R$ 710,4 milhões no quarto trimestre, alta de 3,1% sobre um ano antes, apesar de um recuo no resultado financeiro e despesas operacionais maiores. Saiba mais…
A Porto aprovou a renovação do programa de recompra de ações de emissão da Companhia. Saiba mais…
Usiminas (USIM5)
A Usiminas registrou prejuízo líquido de R$ 117 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo lucro líquido de R$ 975 milhões de um ano antes. O consenso LSEG esperava lucro líquido de R$ 88,97 milhões no período. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A Vale está avançando com negociações para vender à gestora Global Infrastructure Partners (GIP) uma participação majoritária na geradora renovável Aliança Energia e em um complexo solar, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto. Saiba mais…
Vibra Energia (VBBR3)
A Vibra Energia obteve a certificação internacional ISCC EU Corsia (sigla para International Sustainability & Carbon Certification), informa o Broadcast, o que abre caminho para a importação de biocombustíveis ainda não fabricados no país, movimento ainda incipiente no Brasil. Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)