O Walmart (NYSE:WMT), maior varejista do mundo, divulgou números consistentes para o último trimestre fiscal na quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, com receita que ultrapassou as expectativas do mercado. Mesmo com esses resultados positivos, o tom mais cauteloso da companhia para o próximo ano pressionou as ações tanto do próprio Walmart quanto de concorrentes no setor de varejo.

O Walmart também é negociado na B3 através da BDR (BOV:WALM34), que operam em queda de 5,7%, na última verificação.

No quarto trimestre encerrado em 31 de janeiro, a receita de US$ 180,55 bilhões cresceu em torno de 4%, superando ligeiramente as estimativas iniciais de analistas. Já o lucro por ação ajustado alcançou 66 centavos, ligeiramente acima do consenso de 65 centavos. O lucro líquido caiu para US$ 5,25 bilhões, ou 65 centavos por ação, em comparação com US$ 5,49 bilhões ou 68 centavos por ação no mesmo período do ano anterior.

Um dos destaques foi o anúncio de um incremento de 13% no dividendo trimestral, elevando-o para 94 cents por ação, um rendimento anual de cerca de 0,9%. O dividendo passará de 20,75 para 23,5 cents, o maior reajuste em mais de uma década.

Outro fator muito positivo do balanço do Walmart é a expansão de serviços digitais e fontes de receita adicionais, como publicidade online, marketplace de terceiros e programa de assinaturas. As vendas de e-commerce nos Estados Unidos avançaram 20% no trimestre, sustentando um ritmo de crescimento que já dura vários trimestres consecutivos.

A projeção mais branda para o período fiscal que terminará em janeiro de 2026 desanimou investidores. A empresa indicou que o crescimento das vendas globais deverá ficar entre 3% e 4%, enquanto o lucro ajustado pode se situar de 2,50 a 2,60 dólares por ação, abaixo do nível esperado por muitos analistas.

Em conferência com investidores, o diretor financeiro do Walmart, John David Rainey, justificou a cautela argumentando que ainda há muitas variáveis imprevisíveis no horizonte, incluindo mudanças nos hábitos de consumo e incertezas geopolíticas.