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Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam sem direção úndica, com o impacto das novas tarifas anunciadas por Donald Trump no fim da tarde de ontem. O presidente dos Estados Unidos anunciou que pretende impor uma tarifa de 25% sobre todos os carros fabricados fora do país.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em sua maioria no campo negativo, refletindo a incerteza gerada pela decisão do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 25% sobre a importação de automóveis. A medida, formalizada em uma proclamação na quarta-feira, aumenta as preocupações com o crescimento econômico e leva investidores a reduzir a exposição a ativos de risco. As tarifas entrarão em vigor em 2 de abril e a arrecadação começa no próximo dia 3. A medida deve arrecadar cerca de US$ 100 bilhões. Segundo seu assessor da Casa Branca, Will Scharf, a taxação se aplica a “carros e caminhões leves de fabricação estrangeira” e será adicional às tarifas já existentes.
Na agenda, a leitura final do PIB do quarto trimestre, que deve confirmar o ritmo da economia americana no fechamento de 2024 e os pedidos de auxílio-desemprego. Na sexta-feira, a atenção se volta para a leitura de março do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), principal indicador de inflação do Federal Reserve (Fed).
Na Europa, as bolsas operam em baixa, com as ações do setor automotivo reagindo em forte queda ao anúncio tarifário do presidente dos EUA, Donald Trump, para carros importados. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,78%, a 544,45 pontos. Apenas o subíndice de montadoras e de autopeças amargava perda de 2,3%.
Ontem, Trump disse que os EUA irão cobrar tarifa de 25% sobre importações de carros a partir da próxima semana. Ele também ameaçou impor tarifas de importação “ainda maiores” caso a União Europeia (UE) e o Canadá coordenem esforços para “prejudicar” a economia americana. Em postagem no X, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse “lamentar profundamente” a decisão dos EUA sobre a tarifação de carros, mas acrescentou que a UE continuará buscando uma solução negociada.
Entre ações individuais de montadoras na Europa, a da Stellantis, que reúne marcas como Fiat e Peugeot, perdia quase 4% em Milão, enquanto as das alemãs Mercedes-Benz, BMW e Volkswagen caíam 3,8%, 2,8% e 2,2%, nesta ordem.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, com ações do setor automotivo derrubadas por anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de que carros importados passarão a ser tarifados.
O índice japonês Nikkei caiu 0,60% em Tóquio, a 37.799,97 pontos, em meio a perdas das montadoras Mazda Motor (-6%) e Subaru (-5%), enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,39% em Seul, a 2.607,15 pontos, à medida que Hyundai Motor e Kia amargaram quedas de 4,3% e 3,5%, respectivamente, e o Taiex registrou perda de 1,39% em Taiwan, a 21.951,76 pontos.
O presidente americano também afirmou que poderá considerar a hipótese de reduzir tarifas contra a China se Pequim aprovar a venda do aplicativo de mídia social TikTok, o que pode ter contribuído para sustentar os mercados chineses e de Hong Kong hoje. O Xangai Composto subiu 0,15%, a 3.373,75 pontos, enquanto o Shenzhen Composto teve pequena baixa de 0,07%, a 2.044,61 pontos. O Hang Seng avançou 0,41% em Hong Kong, a 23.578,80 pontos.
Dados oficiais mostraram que o lucro do setor industrial chinês caiu 0,3% no primeiro bimestre ante igual período do ano passado, mas apresentou significativa melhora em relação ao declínio de 3,3% observado em 2024.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 69,45 (-0,29%).
O Brent é negociado a US$ 73,58 (-0,28%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 87.435,39 (+1,18%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.051,80 a onça-troy (+1,00%).
Minério de ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +1,28%, a 789,00 iuanes (US$ 108,72).
Brasil:
Juros: a expectativa para os juros segue como destaque na agenda econômica, com o mercado reforçando a projeção de uma Selic mais elevada diante dos riscos inflacionários associados às medidas do governo Lula para estimular o consumo.
Tarifas: durante coletiva de imprensa em Tóquio, ao final de sua visita oficial ao Japão, o presidente Lula criticou duramente a decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 25% sobre o aço brasileiro. Lula afirmou que o governo brasileiro tomará medidas em resposta e estuda dois caminhos: recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e adotar medidas de retaliação comercial.
Economia:
IPCA-15: prévia da inflação oficial, que deve indicar uma desaceleração, enquanto o resultado do Governo Central deve apontar um déficit de R$ 30,9 bilhões, após o superávit de R$ 84,8 bilhões registrado em janeiro. O Banco Central informou na quarta (26) que a conta corrente da balança de pagamentos teve um déficit de US$ 8,8 bilhões em fevereiro de 2025, um aumento significativo em relação ao déficit de US$ 3,9 bilhões do mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos doze meses, o saldo negativo soma US$ 70,2 bilhões, equivalente a 3,28% do PIB, contra US$ 65,3 bilhões (3,03% do PIB) em janeiro.
Recessão: Pesquisa da CNBC indica que CFOs esperam recessão antes do final de 2025, revelando preocupações significativas sobre o cenário econômico global e os desafios que empresas podem enfrentar nos próximos meses.
COEs: O mercado de Certificados de Operações Estruturadas (COEs) no Brasil alcançou R$ 83,6 bilhões, impulsionado pelo varejo alta renda.
Endividados: Pesquisa da Serasa revelou que mais de 57 milhões de brasileiros estão endividados sem ter consciência total de sua situação financeira.
O Índice Nacional de Confiança (INC) elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn caiu de 2% em março de 2025, tanto na margem como na comparação anual. O indicador atingiu os 97 pontos, ficando no campo pessimista (abaixo dos 100 pontos).
Petrobras: A petroleira registrou paralisações de empregados na quarta-feira (26), sem impacto na produção de petróleo ou derivados, informou a companhia em nota, enquanto petroleiros realizam uma greve de advertência de 24 horas em defesa do teletrabalho e de outras reivindicações.
Arrecadação: O governo vê a possibilidade de arrecadar mais de R$ 30 bilhões com um novo leilão de petróleo — até agora fora do radar do mercado — ainda neste ano. A ideia em discussão é oferecer o óleo excedente em áreas do pré-sal não contratadas nos campos de Tupi, Mero e Atapu. Todas elas são exploradas no regime de partilha.
Agenda Econômica:
🇧🇷 08h00 – FGV: Confiança da Indústria em março
🇧🇷 08h00 – BC: Relatório de Política Monetária (RPM)
🇧🇷 09h00 – IBGE: IPCA-15 de março ⚠️
🇧🇷 09h00 – Tesouro: Resultado do governo central em fevereiro
🇺🇸 09h30 – EUA/Deptº do Comércio: PIB, PCE do 4Tri ⚠️
🇺🇸 09h30 – EUA/Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego
🇺🇸 11h00 – EUA/NAR: Vendas pendentes de imóveis em fevereiro
Eventos ⚠️
🇨🇱 15h05 – Chile/BCE: Christine Lagarde fala em mensagem para evento
🇺🇸 17h30 – EUA: Tom Barkin (Fed/Richmond) discursa em universidade
Balanços ⚠️
📉 Brasil/Depois do fechamento: Even, JHSF e Light
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de de 0,34%, aos 132.519 pontos. O volume de negociação foi de R$ 20,9 bilhões.
Maiores altas do Ibovespa
BRKM5 |
+9.68%
|
R$ 11,78
|
BRAV3 |
+6.62%
|
R$ 23,33
|
VAMO3 |
+6.25%
|
R$ 5,27
|
ASAI3 |
+5.26%
|
R$ 8,00
|
RENT3 |
+4.75%
|
R$ 34,82
|
Maiores baixas do Ibovespa
AMOB3 |
-7.40%
|
R$ 0,25
|
BEEF3 |
-3.17%
|
R$ 5,79
|
JBSS3 |
-2.70%
|
R$ 39,64
|
AZUL4 |
-2.22%
|
R$ 3,51
|
TOTS3 |
-1.86%
|
R$ 33,11
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,41%, a R$ 5,7328.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,20%, aos 3.272,50 pontos. A mínima foi de 3.265,83 pontos e a máxima de 3.276,44 pontos.
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Fonte: CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney. atualização: 7h30 (horário Brasília)