A CSN apresentou prejuízo líquido de R$ 85 milhões no quarto trimestre de 2024, uma melhora de 110% em relação ao prejuízo registrado no mesmo período de 2023.

A Receita Líquida totalizou R$ 12.026 milhões no 4T24, o que representa um crescimento de 8,7% quando comparado com o trimestre anterior e reflete, principalmente, a melhor realização de preço na mineração em meio a retomada do preço do Platts.

Somado a isso, o segmento de siderurgia continuou a apresentar sólida atividade comercial, com alta de 10,4% no volume de vendas contra o 4T23, contribuindo positivamente para o aumento do faturamento no período. Em 2024, a Receita Líquida totalizou R$ 43.687 milhões, o que corresponde a uma redução anual de 3,9%, reflexo da redução do preço médio do minério verificado ao longo do ano.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 3,335 bilhões, queda de 8% em relação ao visto um ano antes. Já a receita líquida somou R$ 12 026 bilhões, com alta de 0,2%.

No ano, a empresa acumulou prejuízo líquido é de R$ 1,538 bilhão revertendo lucro de R$ 403 milhões de 2023. O Ebitda ajustado foi de R$ 10,230 bilhões em 2024, queda de 14,1% ante o ano anterior.

No quarto trimestre, a companhia registrou vendas de aço que somaram 1,175 milhão de toneladas, alta de 10,4% ante o mesmo trimestre de 2023. As vendas de minério de ferro somaram 10,731 milhões de toneladas, com queda de 3,7% ante o visto um ano antes.

O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$ 8.243,1 milhões no 4T24, o que representa uma redução de 1,1% em relação ao verificado no trimestre anterior, reflexo da redução de custos verificadas nos segmentos de siderurgia e cimentos. Em 2024, o CPV totalizou R$ 31.991 milhões, o que representa uma redução de 4,4% em relação ao ano anterior e reflete, principalmente, a menor quantidade de compras de minério de ferro de terceiros.

As Despesas com Vendas Gerais e Administrativas totalizaram R$ 1.608 milhões no 4T24 e foram 5,9% inferiores às registradas no trimestre anterior, mas 32,6% acima quando comparamos com o mesmo período do ano passado. Essa queda trimestral reflete, principalmente, a sazonalidade na operação de mineração, enquanto a alta na comparação anual é resultado do maior dinamismo do setor de cimentos. No ano de 2024, as Despesas com Vendas Gerais e Administrativas atingiram R$ 6.309 milhões, o que representa um aumento de 40,5% quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 1.262 milhões no 4T24, o que representa uma redução de 34,6% em relação ao trimestre anterior e reflete a queda nas despesas financeiras em razão do impacto positivo da variação cambial nas aplicações no exterior. No ano, o Resultado Financeiro foi negativo em R$ 5.814 milhões um crescimento de 40,1% devido ao impacto da alta dos juros nas despesas financeiras, além do efeito negativo com a desvalorização das ações da Usiminas.

No 4T24, foram investidos R$ 2.058 milhões, o que representa um volume 57,2% acima do verificado no trimestre anterior e 29,2% superior ao mesmo período de 2023.

Esse movimento é resultado direto do avanço na construção de infraestrutura da P15 na mineração e dos aperfeiçoamentos realizados na aciaria, sinterização e modernização das operações na UPV. Além disso, é importante frisar que a CSN tradicionalmente concentra seus investimentos no final do ano e que o total investido em 2024 (R$ 5.527 milhões) veio em linha com o guidance projetado para o ano.

Por fim, vale notar que os investimentos destinados à expansão de capacidade, como os observados agora no 4T24, serão dominantes ao longo dos próximos trimestres, substituindo uma menor necessidade de Capex de manutenção.

A dívida líquida consolidada da empresa atingiu é de R$ 35,704 bilhões no trimestre, com alta de 16,4% sobre o mesmo período de 2023.

Os resultados da CSN (BOV:CSNA3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2024 foram divulgados no dia 12/03/2025.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão