O Ibovespa fechou em firme alta nesta sexta-feira, no maior ganho diário em um mês, auxiliado por dados que reforçaram tendência de desaceleração da atividade econômica – o que contribui para reprecificação da curva de juro por investidores. Em Wall Street, o mercado avançou, em sessão de alívio, após S&P500 adentrar território de correção na véspera.
O Índice Bovespa encerrou com ganhos de 2,64%, aos 128.957 pontos. Desde segunda-feira o Ibovespa acumulou valorização de 3,14%. O volume de negociação da sessão foi de R$ 27,2 bilhões, acima da média dos últimos 50 pregões, de R$15,9 bilhões.
Os vértices da curva de juros encerraram em alta de até 4,0 pontos-base, revertendo o movimento de queda ao fim da sessão, seguindo o desempenho dos yields americanos.
Ao final da tarde, o dólar futuro operava em queda de 1,01%, cotado a R$5,764, enquanto o índice Dólar DXY cedia 0,12%, aos 103,70 pontos.
No front político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou mais cedo, em evento, que o governo fará o anúncio do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil mensais na próxima terça-feira. Antes, mercado repercutiu pesquisa que reportou novo declínio na popularidade do petista – o que foi visto como catalisador adicional de alta do índice.
Em janeiro de 2025, o volume de vendas do comércio varejista no Brasil recuou 0,1%, na base mensal, na série com ajuste sazonal, ligeiramente melhor que o consenso do mercado, que projetava recuo de 0,2%. O acumulado nos últimos 12 meses foi a 4,7%.
O varejo nacional encontra-se 0,6% abaixo do patamar recorde da série do índice de base fixa, com ajuste sazonal, alcançado em outubro de 2024. Com a leitura de janeiro, registrou o terceiro mês de variação consecutiva negativa – próxima de zero.
Também mais cedo, o setor público consolidado reportou superávit primário de R$104,0 bilhões em janeiro, acima do consenso, de R$102,1 bilhões. No período, a dívida pública bruta como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) recuou a 75,3%, ante 76,1%.
No cenário corporativo, investidores reagem à divulgação dos resultados de companhias como PRIO, Eletrobras, Natura, Eztec, Magazine Luiza e entre outras, que reportaram balanços trimestrais na noite de ontem e manhã de hoje.
Destaque para o balanço da Natura, cujo resultado desapontou consenso do buy e sell side. De acordo com o time do BBA, mais uma vez, a companhia trouxe um balanço muito poluído e de difícil leitura, por conta da reconsolidação dos resultados da Avon Internacional, que tinha sido descontinuada e apresentada em linhas separadas em meio ao processo de recuperação judicial da companhia.
Mas o que pesou mais sobre o mercado foi a pressão sobre as margens na Natura, que coloca em dúvida a capacidade do aumento de receita da companhia nos próximos trimestres, segundo analistas.
Ainda entre balanços, PRIO, Eztec e Magazine Luiza trouxeram balanços bem recebidos por analistas, enquanto a Eletrobras frustrou nos resultados operacionais, mas empolgou investidores com o maior dividendo da história no ano de 2024.
Ainda no noticiário corporativo, destaque para a notícia do Pipeline, do Valor Econômico, dizendo que os principais acionistas e gestores da Azzas 2154, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, estão tentando negociar um ‘divórcio’ das companhias, menos de oito meses após concluírem a fusão entre Arezzo e Soma.
Ao fim da sessão, as principais contribuidoras da sessão foram as ON da Vale, da B3 e as PN do Itaú, que avançaram 3,28%, 10,95% e 3,25%, respectivamente.
Os papéis ON da Automob, da Magazine Luiza e da CSN, lideraram entre as altas percentuais, subindo 16,67%, 13,48% e 11,82%, na mesma ordem.
Na ponta negativa, destaque para as ON da Natura, da Azzas e da LWSA, que cederam 29,94%, 10,42% e 4,33%, nesta ordem.
Nos mercados de commodities, os futuros do petróleo Brent para entrega em maio avançavam ao fim do dia 0,90%, a US$70,51 por barril, se recuperando das recentes quedas, encerrando a semana praticamente inalterados. Investidores avaliavam as perspectivas cada vez menores de um fim rápido para a guerra na Ucrânia, o que poderia trazer de volta mais suprimentos de energia russa aos mercados ocidentais.
Os futuros do minério de ferro encerraram com alta firme de 2,32%, na última madrugada em Dalian, em movimento de correção após as recentes quedas em um momento que os analistas continuam pessimistas sobre a demanda futura, apesar do aumento da lucratividade das siderúrgicas chinesas e dos sinais de redução de estoques.
Os preços tambem sofreram influência positiva da divulgação de um comunicado pelo regulador financeiro da China orientando bancos e outras instituições financeiras a incentivar o financiamento de consumo e o uso de cartões de crédito, como parte de uma campanha para encorajar a população da segunda maior economia do mundo a gastar mais. Há expectativas também de que Pequim anuncie políticas para impulsionar o consumo em coletiva de imprensa na próxima segunda-feira.
Book de ofertas: a mais completa do mercado financeiro, acompanhe as ofertas de compra e venda de um ativo e todos os negócios realizados no dia.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
05/03/2025 | 0,20% | 123.046,85 | R$ 19,8 bilhões |
06/03/2025 | 0,25% | 123.357,55 | R$ 21,6 bilhões |
07/03/2025 | 1,36% | 125.034,63 | R$ 20,4 bilhões |
10/03/2025 | – 0,41% | 124.519,38 | R$ 20,2 bilhões |
11/03/2025 | -0,81% | 123.507,35 | R$ 19,3 bilhões |
12/03/2025 | 0,29% | 123.866,39 | R$ 18,1 bilhões |
13/03/2025 | 1,43% | 125.637,11 | R$ 20,6 bilhões |
14/03/2025 | 2,64% | 128.957,09 | R$ 27,2 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
-
💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
B3 (B3SA3)
A operadora da Bolsa brasileira B3 divulgou seus dados operacionais referentes a fevereiro de 2025, que foram considerados ligeiramente positivos pela XP, principalmente devido à recuperação no segmento de derivativos. Às 14h35, a ação da companhia subia 7,24%, a R$ 12,44, no segundo dia de forte alta após vitória no Carf e também com o maior ânimo no geral dos mercados domésticos. Saiba mais…
Brava Energia (BRAV3)
A Brava Energia assinou um contrato com a Shell para a venda de óleo produzido no campo de Atlanta, do qual a petrolífera integra o consórcio operador com 80% de participação. Saiba mais…
CCR (CCRO3)
A CCR contratou Itaú Unibanco, Lazard, Goldman Sachs e BTG Pactual como assessores financeiros em potencias acordos envolvendo seus ativos aeroportuários e de mobilidade. Saiba mais…
EDP (ENBR3)
A EDP inaugura oficialmente dois empreendimentos de transmissão concluídos recentemente pela companhia na região Norte, e reforça que o segmento é uma de suas prioridades estratégicas no Brasil. Os projetos, que somaram R$ 700 milhões em investimentos, foram leiloados em 2021 e 2022 e energizados no segundo semestre do ano passado, mas somente agora a companhia realiza a cerimônia de inauguração. Saiba mais…
Eletrobras (ELET3)
A Eletrobras reportou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2024, 24,5% superior sobre o mesmo período de 2023, de acordo com seu relatório de resultados. Saiba mais…
EzTec (EZTC3)
A Eztec fechou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 126,6 milhões, montante 53% maior do que no mesmo período de 2023. No ano inteiro de 2024, o lucro totalizou R$ 404,6 milhões, aumento de 69% em relação a 2023. Saiba mais…
LWSA (LWSA3)
O 4T24 resultou em um prejuízo líquido de R$ 17,5 milhões para a Companhia, montante 61,2% menor do que o apresentado no 4T23. O prejuízo líquido no período se deu, principalmente, pela revisão dos Earnouts, conforme já explicado no presente relatório. Em 2024, a Companhia apresentou um Lucro Líquido de R$ 42,2 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 73,7 milhões do exercício de 2023. Saiba mais…
Magazine Luiza (MGLU3)
O Magazine Luiza registrou um crescimento de 38,9% no lucro líquido do quarto trimestre de 2024, totalizando R$ 294,8 milhões, frente aos R$ 212,2 milhões do mesmo período de 2023 (4T23). Saiba mais…
Natura (NTCO3)
A Natura&Co registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 438,3 milhões no quarto trimestre de 2024, ante perdas de R$ 2,661 bilhões reportadas no mesmo período de 2023. Saiba mais…
Oi (OIBR3)
A Oi, em recuperação judicial, concluiu a transferência da uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), que inclui diversos imóveis e torres, para a IHS Brasil. Saiba mais…
Plano & Plano (PLPL3)
A Plano & Plano encerrou o quarto trimestre de 2024 com um lucro líquido de R$ 87,6 milhões, um avanço de 5,5% em relação ao mesmo período de 2023, quando registrou R$ 83,1 milhões.
Prio (PRIO3)
A Prio reportou lucro líquido de US$ 1,074 bilhão no quarto trimestre de 2024, uma alta de 231% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Telefônica (VIVT3)
A Telefônica Brasil aprovou a proposta de grupamento da totalidade das ações ordinárias de emissão da Companhia, na proporção de 40 ações para 1 ação, e de subsequente desdobramento, de modo que 1 ação grupada passe a corresponder a 80 ações, sem alteração do valor do capital social da Companhia, mas tão somente do seu número total de ações. Saiba mais…
Totvs (TOTS3)
A Totvs anunciou que sua subsidiária, Totvs Large Enterprise, assinou um contrato para vender sua participação de 80% na RJ Participações à Bus Serviços de agendamentos por R$ 49,6 milhões, sujeito a ajustes. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A Vale concluiu o segundo teste de capacidade do projeto de Salobo 3, com o complexo excedendo uma média de 35 milhões de toneladas de processamento por um período de 90 dias. Saiba mais…
As mineradoras BHP e Vale emitiram uma nota conjunta na noite desta quinta-feira, 13, dizendo que trabalham “lado a lado” na compensação ao acidente de Mariana, de 2015, quando uma barragem da Samarco, joint venture das duas empresas, rompeu matando 19 pessoas. Saiba mais…
Vittia (VITT3)
A Vittia apresentou resultados mais positivos, com lucro líquido de R$ 46,4 milhões no 4T24, aumento de 12,4% em relação ao mesmo período de 2023. Saiba mais…
Wilson Sons (PORT3)
A Superintendência-Geral (SG) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições nesta sexta-feira, 14, a compra da Wilson Sons, uma das maiores empresas de logística do Brasil, pela Shipping Agencies Services (SAS), uma subsidiária do grupo MSC, com sede na Suíça. Pelo acordo divulgado em outubro, a SAS pagará R$ 4,352 bilhões pelo equivalente a 56,47% do capital da companhia brasileira. Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)