O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, pressionado pela forte aversão ao risco nos mercados globais, diante de temores de uma recessão na economia dos Estados Unidos. A queda só não foi maior por conta de relatório do JP Morgan que elevou a recomendação para as ações brasileiras e deu alguma sustentação ao mercado.

O Índice Bovespa encerrou com recuo de 0,41%, aos 124.519 Pontos. O volume de negociação da sessão foi de R$15,1 bilhões, abaixo da média dos últimos 50 pregões, de R$15,7 bilhões.

Os vértices da curva de juros encerraram em alta de até 14 pontos-base, revertendo todo movimento de queda visto na maior parte do pregão, seguindo o movimento do dólar.

Ao final da tarde, o dólar futuro operava em alta de 1,08%, cotado a R$5,877, enquanto o índice Dólar DXY avançava 0,08%, aos 103,89 pontos.

Em um início de semana com poucos catalisadores econômicos, investidores avaliam as novas projeções dos economistas do Boletim Focus, que em linha com a última semana mostrou uma pausa na deterioração das expectativas para os indicadores da economia brasileira, com apenas leve deterioração nas expectativas de inflação para este ano.

A mediana das projeções para a inflação em 2025 voltou a subir levemente, passando de 5,65% para 5,68%. Já as projeções para a Selic, Produto Interno Bruto e câmbio permaneceram estáveis em 15,00%, 2,01% e R$5,99, respectivamente.

Investidores tambem avaliam relatório do banco americano JP Morgan, que elevou recomendação para ações brasileiras para “compra”, enquanto rebaixou México para “neutra”, citando um “cenário global que agora beneficia o Brasil” e uma desaceleração acentuada no crescimento mexicano, além das eleições no Brasil em 2026.

“É importante destacar que essa visão é uma mudança tática, e não estrutural, considerando que os problemas domésticos que nos levaram a rebaixar o Brasil antes (como o fiscal ruim) seguem muito vivos”, escreveram os analistas do JP Morgan, em relatório visto pela Mover.

No cenário político, as atenções se voltaram para o evento de posse da ministra de relações institucionais Gleisi Hoffmann, que em breve discurso disse que vai apoiar todos os ministros.

Em relação à economia, Hoffmann disse que a política econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai colocar o Brasil de volta na rota do crescimento. “Estarei aqui, Haddad, para ajudar na consolidação de pautas econômicas”, afirmou. Ela também reiterou que o projeto do governo para isenção de Imposto de Renda para salários de até R$5 mil terá “absoluta neutralidade fiscal”.

No noticiário corporativo, o mercado reagiu principalmente a relatório do JP Morgan com recomendações para ações de utilities no Brasil. O banco elevou Eneva, Equatorial, Sabesp e Alupar para compra, enquanto rebaixou Cemig e Copasa para venda.

Ao fim da sessão, as principais detratoras da sessão foram as ON da Vale, da B3 e as PN do Bradesco, que recuaram 1,62%, 2,15% e 1,45%, respectivamente.

Os papéis ON da Brava, da Hapvida e da Caixa Seguridade, lideraram entre as quedas percentuais, cedendo 5,72%, 5,53% e 4,07%, na mesma ordem.

Na ponta positiva, destaque para as ON da Magazine Luiza, do Assaí e da JBS, que avançaram 4,96%, 3,97% e 2,67%, nesta ordem.

Nos mercados de commodities, os futuros do Brent para entrega em abril recuavam ao fim do dia 1,62%, a US$69,22 por barril, devido a temores de que as tarifas dos EUA sobre Canadá, México e China desacelerem economias ao redor do mundo, reduzindo a demanda por energia, enquanto a Opep+ aumenta sua oferta. Mercado também repercutia notícia de que Trump avalia retirar rapidamente sanções à Rússia em caso de acordo para encerrar guerra na Ucrânia.

Os futuros do minério de ferro na Bolsa de Dalian recuaram 0,71% na última madrugada, com a possibilidade de cortes de produção de aço na China ainda pesando sobre as perspectivas dos investidores.

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Data Variação Pontuação Volume Financeiro
05/03/2025 0,20%  123.046,85 R$ 19,8 bilhões
06/03/2025  0,25%  123.357,55 R$ 21,6 bilhões
07/03/2025 1,36% 125.034,63 R$ 20,4 bilhões
10/03/2025

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

  1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

    Caixa Seguridade (CXSE3)

    A Caixa Seguridade protocolou perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o pedido de registro de oferta pública de distribuição secundária de 82,5 milhões ações ordinárias de emissão da companhia e de titularidade da Caixa Econômica Federal. Saiba mais…

    Carrefou (CRFB3)

    O Carrefour Brasil convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 7 de abril, com o objetivo de discutir o fechamento de capital da varejista, anunciado no mês passado. Saiba mais…

    Ecorodovias (ECOR3)

    A EcoRodovias informou seus números prévios consolidados do tráfego mensal de fevereiro de 2025 e do período acumulado de 2025. Houve alta de 5,2% no volume de tráfego consolidado na comparação com o mesmo mês do ano passado, totalizando 49.492 veículos. Saiba mais…

    Ferbasa (FESA4) 

    O lucro líquido da Ferbasa no quarto trimestre de 2024 foi de R$ 126,3 milhões, alta de 129,6% na base anual de comparação.

    Grupo Mateus (GMAT3) 

    O Grupo Mateus anunciou a inauguração de mais uma loja no segmento de Atacarejo. Saiba mais…

    Itaú Unibanco (ITUB4)

    O Itaú Unibanco realizou emissões de Letras Financeiras Subordinadas Perpétuas, no montante total de R$ 4,4 bilhões, em negociações com investidores profissionais. Saiba mais…

    Magazine Luiza (MGLU3)

    O Magazine Luiza informou mudanças em sua estrutura organizacional, com o objetivo de acelerar a evolução de sua plataforma digital. Assim, as vice-presidências de Plataforma e de Negócios, até então sob gestões distintas, serão unificadas sob a liderança de André Fatala. Saiba mais…

    Mobly (MBLY3)

    Os fundadores da rede de lojas de móveis Tok&Stok, a família Dubrule, enviaram carta à Mobly em que dão detalhes sobre os fatores considerados para a oferta pela aquisição do controle da companhia, depois que a proposta foi rejeitada como “inviável” na semana passada. Saiba mais…

    Multi (MLAS3)

    O Grupo Multi comunicou que o Sr. Alexandre Ostrowiecki deixará o cargo de Diretor Presidente da Companhia em 1º de abril de 2025, assumindo a posição de Presidente do Conselho de Administração a partir da mesma data. Saiba mais…

    Oncoclínicas (ONCO3)

    A gestora Latache, de Renato Azevedo, especializada em ativos em situações de estresse, está tentando adquirir o controle da Oncoclínicas, segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Em dezembro do ano passado, fez uma proposta para ficar com a fatia de 20,76% que o Goldman Sachs tem na empresa de saúde e, caso fosse bem-sucedido, faria uma oferta pelos 19,90% do Banco Master. Com seus atuais 10,19% de participação, a Latache alcançaria perto de 51%. Saiba mais…

    Petrobras (PETR4)

    A Petrobras aprovou celebração de acordo para encerrar litígio com a EIG Energy nos Estados Unidos, que envolve o pagamento de US$283 milhões pela Petrobras. Saiba mais…

    A Petrobras informou a realização de teste de formação no poço Sirius-2, em águas profundas da Colômbia, a 31 quilômetros da costa e em uma profundidade d’água de 804 metros. Saiba mais…

    A Petrobras informou que sua Diretoria Executiva aprovou o encerramento do projeto de desinvestimento referente à venda de 100% das ações detidas pela Petrobras International Braspetro B.V. (PIB BV) e outras subsidiárias da Petrobras na Petrobras Colombia Combustibles (PECOCO). Saiba mais…

    Vale (VALE3)

    A Vale anunciou o valor de pagamento total na oferta de aquisição de bonds com vencimento em 2034, 2039 e 2036 da sua subsidiária integral Vale Overseas Limited, conforme anunciado em 24 de fevereiro, até um valor agregado máximo de US$ 450 milhões, excluindo prêmio e juros acumulados e não pagos. Saiba mais…

    Vibra Energia (VBBR3)

    A Vibra Energia celebrou acordo para sua saída do capital social da sociedade ZEG Biogás e Energia. Saiba mais…

    (Com informações da TCMover e Momento B3)