Na conferência anual de desenvolvedores da Nvidia, a GTC 2025, o CEO da companhia Jensen Huang apresentou ontem novas soluções que prometem aumentar a eficiência e reduzir custos, atendendo as preocupações de altos investimentos em computação para IA.

Entre as novidades está o Blackwell Ultra, um processador de próxima geração que estará disponível no segundo semestre de 2025, dentro da linha de chips Blackwell AI. Ele será seguido pelo Vera Rubin, de lançamento para 2026, e pelo Rubin Ultra em 2027. A arquitetura Feynman, prevista para 2028, continuará essa linha de inovações, aumentará a capacidade computacional e reduzirá o consumo de energia.

Huang afirmou que, em 2024, as grandes empresas de nuvem compraram 1,3 milhão de chips Hopper AI, uma geração anterior. Em 2025, esse grupo adquiriram 3,6 milhões de Blackwell AI.

Foi revelado também o software Dynamo, projetado para otimizar o uso dos chips Nvidia, aumentando a eficiência dos equipamentos existentes e futuros. Huang descreveu a gestão inteligente de recursos computacionais do Dynamo como “o sistema operacional de uma fábrica de IA”.

No campo da robótica, a Nvidia apresentou a plataforma Isaac GR00T N1, voltada para o desenvolvimento de robôs humanoides. Nesse projeto, que estará aberto para desenvolvedores externos, a empresa está colaborando com a Walt Disney Co. (NYSE:DIS) (BOV:DISB34) e a DeepMind do Google (NASDAQ:GOOGL) (BOV:GOGL34).

No setor de veículos, a Nvidia firmou uma parceria com a General Motors (NYSE:GM) (BOV:GMCO34) para incorporar IA em veículos, fábricas e sistemas autônomos. Segundo a Reuters, a GM prevê que sua tecnologia de assistência ao motorista, o Super Cruise, gere até US$ 2 bilhões anuais em cinco anos, com assinaturas após o período gratuito inicial.

Com a T-Mobile (NASDAQ:TMUS) (BOV:T1MU34) e a Cisco Systems (NASDAQ:CSCO) (BOV:CSCO34), foi anunciado um projeto de infraestrutura de rede sem fio nativa de IA. O projeto preparará as bases para a chegada das redes 6G.

Com as fabricantes Dell (NYSE:DELL) (BOV:D1EL34) e HP Inc (NYSE:HPQ) (BOV:HPQB34), a Nvidia revelou novos computadores pessoais, chamados DGX Spark e DGX Station, capazes de executar grandes modelos de IA.

No setor de restaurantes, a Nvidia firmou parceria com a Yum Brands (NYSE:YUM) (BOV:YUMR34), dona do Taco Bell, KFC e Pizza Hut. A colaboração permitirá implementar sistemas de pedidos automatizados, visão computacional e avaliações de desempenho baseadas em IA, otimizando operações e reduzindo custos com mão de obra. A tecnologia deve se expandir para 500 restaurantes no segundo trimestre.

Com a Schneider Electric (EU:SU), a Nvidia tem planos para criar “gêmeos digitais” de data centers de IA, uma tecnologia que otimiza o consumo de energia, melhora o design e a eficiência da infraestrutura elétrica.

Também sobre a redução do consumo de energia, a empresa comentou sobre a óptica co-empacotada, uma tecnologia que utiliza luz para transmissão de dados entre chips. No entanto, Huang afirmou que a adoção ampla da tecnologia óptica ainda levará alguns anos, e que as conexões de cobre ainda são mais confiáveis.

No campo de computação quântica, a Nvidia anunciou um novo laboratório de pesquisa em Boston.

Em uma visão geral sobre as novidades anunciadas na conferência, a Nvidia apostou em avanços tanto em hardware quanto em software, com um roteiro planejado até 2028. Apesar disso, após os anúncios suas ações negociadas em Nova York fecharam em baixa de 3,43%.

A Nvidia também é negociada na B3 através da BDR (BOV:NVDC34), que caíram 3,68% a um preço de fechamento de R$ 13,61 reais. Já no pré-mercado de quarta-feira (19), as ações subiam 0,8%.