A recente decisão da Administração Cinematográfica da China de limitar a importação de filmes americanos gerou impacto imediato nas ações da Warner Bros Discovery (NASDAQ:WBD), em queda de mais de 13% durante as negociações de quinta-feira, 10 de abril de 2025. A Warner Bros Discovery também é negociada na B3 através da BDR (BOV:W1BD34).
A medida ocorreu em resposta às tarifas agressivas impostas pelo governo dos EUA à China, aprofundando a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Com tarifas americanas elevadas para até 125% e retaliações chinesas alcançando 84%, Pequim decidiu agir também no setor cultural. Autoridades chinesas afirmaram que estão seguindo “as regras do mercado”, e que a redução de filmes americanos espelha uma preferência do público local por produções nacionais e internacionais não americanas.
A decisão é um golpe para estúdios de Hollywood, que dependem do mercado chinês como um dos principais destinos para seus lançamentos, sendo a China um mercado chave para blockbusters que buscam maximizar a bilheteria global.
O recém-lançado “A Minecraft Movie”, por exemplo, teve um arrecadamento durante o seu fim de semana de estreia de aproximadamente 14,34 milhões de dólares, superando o sucesso anterior de “Ne Zha 2”, que dominava as bilheteiras chinesas há nove semanas.
Analistas indicam que a Warner pode enfrentar desafios para lançar futuros títulos no mercado chinês, especialmente se a escalada tarifária continuar. No meio disso, há quem veja espaço para negociação. A Imax foi um exemplo que demonstrou otimismo, citando suas boas relações com parceiros locais e esperando um ano positivo na China.
No entanto, para estúdios como a Warner, o momento exige cautela e reavaliação na distribuição internacional. Especialistas alertam para o prejuízo financeiro de uma eventual exclusão de Hollywood da China, que poderia reduzir o alcance global de seus filmes.