A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em reunião pública de diretoria, os reajustes tarifários anuais de distribuidoras da Neoenergia, como a Coelba, que atua na Bahia, e a Cosern, no Rio Grande do Norte. As novas tarifas entram em vigor a partir de 22 de abril.
Na Bahia, os consumidores atendidos pela Neoenergia Coelba terão um reajuste médio de 2,05%, sendo 1,88% para clientes de baixa tensão (como residências) e 2,53% para alta e média tensão (empresas e indústrias). Já no Rio Grande do Norte, a Neoenergia Cosern teve um efeito médio negativo de -0,32%, com redução de -0,33% para baixa tensão e -0,30% para alta e média tensão.
De acordo com a Neoenergia (BOV:NEOE3), os reajustes refletem a atualização das componentes tarifárias conhecidas como Parcelas A e B. Na Coelba, a Parcela A — que inclui custos com encargos setoriais e compra de energia — variou 3,2%, totalizando R$ 8,71 bilhões. Esse valor foi pressionado pelo aumento de 15,2% nos encargos setoriais e por um preço médio de repasse da energia contratada de R$ 266,00/MWh.
A Parcela B da distribuidora baiana teve aumento de 8,1% (R$ 6,27 bilhões), influenciada pela inflação acumulada medida pelo IGP-M (+8,58%) desde o último reajuste, descontado o fator de produtividade (Fator X) de 0,51%.
No caso da Cosern, a Parcela A subiu 3,7%, alcançando R$ 2,23 bilhões, com destaque para o aumento de 19,7% nos encargos setoriais e um preço médio de repasse da energia em R$ 288,17/MWh. Já a Parcela B cresceu 6,6% (R$ 1,31 bilhão), também afetada pelo IGP-M (+8,58%), com Fator X de 1,95%.