A Serasa informou a conclusão da compra das ações da ClearSale. Com isso, os papéis deixam de ser negociados na bolsa de valores brasileiro.

O negócio entre as duas companhias começou a ser discutido no ano passado, quando a Serasa ofereceu R$ 2 bilhões pelo M&A. O acordo foi levado a diante e, no último mês de dezembro, foi assinado pelas duas partes.

O pagamento pela ClearSale (BOV:CLSA3) deve ser feito no dia 11 de abril aos investidores que detém as mais de 123 milhões de ações que circulavam no mercado. No total, cada papel ficou equivalente a R$ 10,56, valor que pode ser recebido em dinheiro.

Os acionistas puderam, também, escolher receber os recursos proporcionais em ação da Experian. Neste caso, a conversão acontece já na próxima sexta (4), conforme informações da Serasa.

Os acionistas tiveram até o dia 19 de março para escolher a melhor opção de pagamento, conforme comunicado pela empresa. Quem não indicou sua preferência, entrou na lista do resgate em dinheiro.

A maior parte do capital social da companhia estava nas mãos de Paulo Chiamulera (35%), fundador da marca, seguido de Veronica Allende Serra (9%) e de Bernardo Carvalho Lustosa (8%). A empresa de investimentos Innova Capital também era controladora de 8% dos papéis ordinários.


O valor pago pelas ações da ClearSale foi oferecido com um ágio de 23,5% em relação ao fechamento da operação. No entanto, quem detinha os papéis da companhia no IPO, em 2021, saiu com um prejuízo de 58%, dada a desvalorização das ações.

Motivo da fusão

A queda acentuada das ações não parece ter sido o principal motivo para a combinação dos negócios. Segundo as empresas, a sinergia é muito forte, o que deve trazer benefícios para os clientes das duas marcas.

A ClearSale é uma provedora de soluções para prevenção a riscos, com um foco especial no ecossistema digital. A companhia foi fundada em 2001 e chegou a bolsa em 2021, durante o boom de aberturas de capital que se viu na pandemia.

Depois da assinatura do acordo de fusão, as ações da ClearSale dispararam na B3, chegando a um patamar poucas vezes visto antes.

“Nossas soluções estarão mais fortalecidas para proteger consumidores de tentativas de fraude, garantindo que suas identidades e dados pessoais estejam seguros”, afirmou Valdemir Bertolo, CEO da Serasa Experian. “Em um mundo cada vez mais digital e movido por inteligência artificial, onde grande parte das operações acontece no ambiente online, o investimento em tecnologia e na melhoria de ferramentas de prevenção à fraude é essencial”, acrescentou.

Informações Investidor10