O Ibovespa encerrou em ligeira queda nesta quarta-feira, arrefecendo perdas ao fim da sessão, em linha com índices de Wall Street, que negociaram em baixa boa parte do dia. O mercado foi abalado por dados de PIB apontando esfriamento da atividade nos Estados Unidos, em meio ao impasse tarifário desencadeado pelo presidente Donald Trump, mas virou para o positivo no final do pregão, por notícia que acendeu esperanças de negociações com a China.
O Índice Bovespa encerrou com queda de 0,02%, aos 135.066 pontos, interrompendo uma sequência de sete altas consecutivas, sob peso também de uma forte queda dos preços do petróleo e recuo no minério de ferro. Vale, Petrobras e WEG, que reportou resultado abaixo do esperado, puxaram o índice para baixo. Em termos mensais, o Ibovespa fechou abril com alta de 3,69%.
O volume de negociação, na véspera do feriado de Dia do Trabalho, foi de R$22 bilhões, acima da média dos últimos 50 pregões, de R$17,6 bilhões.
Os vértices ao longo da curva de juros fecharam em queda de até 12 pontos-base, em linha também com as Treasuries yields – em meio a dados do Ministério do Trabalho, que reportou geração líquida de postos de trabalho mais fraca em março desde 2020, de acordo com o Caged.
Em leilão de pré-fixados realizado nesta manhã pelo Tesouro – antecipado em decorrência do feriado de 1 de maio– houve colocação de 17,81 milhões de LTNs e lote integral de 4,0 milhões de NTN-F. Na semana anterior, Tesouro havia ofertado 23,0 milhões de LTN e 3,0 milhões de NTN-F.
Ao fim da tarde, o dólar futuro operava em alta de 1,03%, cotado a R$5,715. O índice Dólar DXY avançava 0,49%, aos 99,67 pontos.
Os DIs foram às mínimas da sessão após Ministério do Trabalho reportar, às 14h30, geração líquida de 71.576 postos de trabalho em março – a menor desde 2020, corroborando falas do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, sobre dados fracos oriundos do mercado de trabalho. Operadores também se encontram a uma semana da decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), com parte do mercado precificando aperto de menor magnitude ante precificado inicialmente.
Também hoje, dados do Tesouro apontaram que a Dívida Pública Federal avançou 0,22% em março, na base mensal, a R$7,508 trilhões, com colchão de liquidez recuando 2,2%, também na base mensal, a R$869,2 bilhões. De acordo com o Tesouro, o nível atual do colchão de liquidez é suficiente para 6,72 meses adiante.
Os dados do setor público consolidado envolvem governo central, formado por Previdência e Tesouro, além do próprio BC, Estados, municípios e estatais. Ficam fora da conta empresas do grupo Petrobras, além de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Em termos nominais, que inclui despesas com juros, o setor público consolidado registrou déficit de R$71,6 bilhões em março. Já o superávit primário – que desconsidera despesas com juros – foi de R$3,6 bilhões. A dívida líquida do setor público avançou a 61,6% do PIB no período, ante 61,4% em fevereiro.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a PNAD continua avançou a 7,0% no trimestre móvel até março, em linha com as expectativas do mercado, alta de 0,8 ponto percentual frente ao trimestre anterior. É a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março em toda a série histórica, iniciada em 2012.
No âmbito corporativo, destaque para o tombo da Weg, após a empresa reportar lucro líquido de R$1,54 bilhão no 1T25, com crescimento de 16,4% na comparação anual, mas abaixo do consenso do mercado e com retração nas margens, gerando reação negativa do mercado devido às altas expectativas que costumam anteceder os resultados da empresa.
Ainda entre os balanços do dia, Santander Brasil reportou resultados em geral em linha com expectativas, com lucro de R$3,9 bilhões, avanço de quase 28% na comparação anual.
Petrobras reportou relatório de produção do primeiro trimestre em linha com esperado, mas acelerou queda após notícia de que Arábia Saudita tem alertado aliados de que estaria preparada para um longo período de preços baixos do petróleo, publicada pela Reuters. Brava e Prio também recuaram, com o Brent acentuando perdas.
Entre as ações, as maiores detratoras do Índice Bovespa eram as ON da Weg, da Vale e as PN da Petrobras, que recuaram 11,55%, 1,82% e 1,87%, respectivamente.
Entre destaques nas quedas percentuais do Ibovespa, figuravam as PN da Azul, as ON da Weg e da Minerva, que cederam 15,52%, 11,55% e 8,19%, respectivamente.
Na ponta positiva, destaque para as ON da IRB Brasil, da CPFL e as Units do Santander, que avançaram 5,31%, 5,22% e 3,94%, nesta ordem.
Os futuros do petróleo Brent operavam em queda de 3,46%, aos US$61,08 por barril, com investidores monitorando impasse tarifário contínuo entre Estados Unidos e China.
Mais cedo, relatório EIA reportou queda de 2,69 milhões de barris em estoque petróleo nos EUA na semana encerrada em 25 de abril – enquanto consenso apontava para 390 mil barris no período.
Mercado também foi impactado por notícia de que Arábia Saudita teria avisado aliados que está preparada para um período longo de preços baixos do petróleo, publicada pela Reuters. Os sauditas devem defender aumento mais acelerado na produção da Opep+, de acordo com as informações, atribuídas a fontes anônimas.
Os contratos futuros do minério de ferro recuaram 0,78% na última madrugada em Dalian, diante de um pequeno crescimento nos estoques e uma desaceleração da produção de aço.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/04/2025 | 0,68% | 131.147,29 | R$ 24,7 bilhões |
02/04/2025 | 0,03% | 131.190 | R$ 17,0 bilhões |
03/04/2025 | -0,04% | 131.140,65 | R$ 28 bilhões |
04/04/2025 | -2,96% | 127.256,00 | R$ 31,6 bilhões |
07/04/2025 | -1,31% | 125.588,09 | R$ 43,7 bilhões |
08/04/2025 | -1,49% | 123.950 | R$ bilhões |
09/04/2025 | 3,12% | 127.795,93 | R$ 40,6 bilhões |
10/04/2025 | -1,13% | 126.354,75 | R$ 25,9 bilhões |
11/04/2025 | 1,05% | 127.682,40 | R$ 22,4 bilhões |
14/04/2025 | 1,39% | 129.454 | R$ 21,5 bilhões |
15/04/2025 | 0,16% | 129.245,39 | R$ 20,4 bilhões |
16/04/2025 | -0,72% | 128.316,89 | R$ 25,1 bilhões |
17/04/2025 | 1,04% | 129.650,03 | R$ 22,4 bilhões |
22/04/2025 | 0,63% | 130.464,38 | R$ 18,3 bilhões |
23/04/2025 | 1,34% | 132.216,07 | R$ 24,2 bilhões |
24/04/2024 | 1,79% | 134.580,43 | R$ 26,7 bilhões |
25/04/2025 | 0,12% | 134.739,28 | R$ 24,3 bilhões |
28/04/2025 | 0,21% | 135.015,89 | R$ 20,5 bilhões |
29/04/2025 | 0,06% | 135.092,99 | R$ 22,9 bilhões |
30/04/2025 | -0,02% | 135.066,97 | R$ 28,1 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Azul (AZUL4)
A Azul obteve financiamento adicional de R$ 600 milhões junto a atuais credores da companhia aérea, o que permite um fortalecimento da liquidez do grupo. Saiba mais…
Braskem (BRKM5)
A Braskem apurou quedas nas vendas de resinas e outros produtos químicos no Brasil, no México e nos Estados Unidos e Europa no primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, segundo relatório operacional da petroquímica. Saiba mais…
Eletrobras (ELET3/ELET6)
A Eletrobras concluiu aquisição de 51% da Eletronet consolidando controle de 100% da empresa e adicionando mais 17 mil quilômetros de redes de fibra óptica aos mais de 14 mil quilômetros já explorados pela companhia. Saiba mais…
Os acionistas da Eletrobras aprovaram a primeira grande reformulação do conselho de administração da companhia elétrica desde a privatização, ampliando o colegiado para dez membros, incluindo três representantes do governo federal. Saiba mais…
Gafisa (GFSA3)
Acionistas da Gafisa reunidos em assembleia geral extraordinária e ordinária aprovaram o grupamento da totalidade das ações de emissão da companhia na proporção de 20:1, de modo que, para cada 20 ações ordinárias pré-grupamento, os acionistas titulares das ações permanecerão com 1 ação ordinária pós-grupamento. Saiba mais…
Iguatemi (IGTI11)
A Iguatemi reportou lucro líquido de R$ 107,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 32,6% em relação ao mesmo período de 2024, de acordo com o balanço divulgado nesta terça-feira, 29. O lucro no critério ajustado (que exclui efeitos contábeis na linearização dos aluguéis e do mecanismo de swap de ações) atingiu R$ 113,9 milhões, expansão de 5,1% na mesma base de comparação anual. Saiba mais…
Irani (RANI3)
A Irani teve lucro líquido de R$ 60,8 milhões no primeiro trimestre, avanço de 36,8% na comparação anual, impulsionado pelo incremento de receita e pela diluição de custos. Em relação ao quarto trimestre de 2024, o resultado caiu 68%. Afinal, o lucro da Irani foi favorecido pelo reconhecimento de créditos tributários no final do ano passado. Não fosse isso, o resultado do primeiro trimestre de 2025 teria subido 181,6% nesta base de comparação, segundo a companhia. Saiba mais…
ISA Energia (ISAE4)
A ISA Energia registrou lucro líquido de R$ 337,4 milhões no primeiro trimestre do ano contra R$ 409,2 milhões nos três primeiros meses de 2024. Isso significa que houve uma queda de 17,6%. Saiba mais…
Kepler Weber (KEPL3)
A Kepler Weber reportou lucro líquido de R$ 25,6 milhões no primeiro trimestre de 2025, queda de 51% em relação ao mesmo período do ano passado. O recuo foi atribuído pela companhia à combinação de quebra de safra no Cerrado, retração nos preços da soja e do milho e manutenção dos juros em patamar elevado. Saiba mais…
Log (LOGG3)
A desenvolvedora, locadora e administradora de galpões logísticos Log Commercial Properties teve lucro líquido de R$ 86,4 milhões no primeiro trimestre, 56,2% acima do apurado no mesmo período do ano passado. Saiba mais…
Marcopolo (POMO3/POMO4)
A Marcopolo teve lucro líquido de R$ 243,1 milhões no primeiro trimestre, queda de 23,3% sobre o desempenho de um ano antes, apesar da receita mostrar estabilidade no período. Saiba mais…
Melnick (MELK3)
A incorporadora gaúcha Melnick e a Dimas Construções, empresa de Santa Catarina, firmaram parceria para desenvolver um novo projeto de alto padrão em Florianópolis. O empreendimento vai ser erguido no bairro Jurerê, terá apartamentos de até 600 metros quadrados e será uma construção mista. Junto à área residencial, está previsto um espaço com até cinco mil metros quadrados para comércio e serviços. Outros detalhes como quantidade de andares e valor geral de vendas (VGV) não foram divulgados. Saiba mais…
Mobly (MBLY3)
A Mobly confirmou que seus acionistas rejeitaram, em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, a proposta da acionista home24 para alterar e excluir cláusulas do estatuto social referentes à Oferta Pública de Aquisição (OPA). Saiba mais…
Neoenergia (NEOE3)
A Neoenergia registrou lucro líquido atribuível aos acionistas controladores de R$ 1,001 bilhão no primeiro trimestre deste ano, queda de 11% em relação ao mesmo período do ano passado. Saiba mais…
Petrobras (PETR4)
A Petrobras registrou uma queda de 1% na produção de petróleo no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o relatório de produção e vendas dos três primeiros meses do ano. A produção foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) ante 2,236 milhões bpd do 1T24. Saiba mais…
Santander (SANB11)
O Santander Brasil reportou um lucro líquido gerencial de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), montante 27,8% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2024 e 0,2% acima do quarto trimestre de 2024. Já o lucro societário foi de R$ 3,778 bilhões, o que representa um crescimento de 28,7% na comparação ano a ano. Saiba mais…
Vale (VALE3)
Um acordo que prevê a indenização financeira para espólio de todas as 272 vítimas do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão (Brumadinho, MG) foi assinado hoje no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Saiba mais…
A Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Vale confirmou as indicações da União, que utilizou suas ações preferenciais (golden shares) para reconduzir o secretário-executivo da Fazenda, Dario Carnevalli Durigan, a uma das cadeiras no colegiado. Saiba mais…
WEG (WEGE3)
A Weg registrou um lucro líquido de R$ 1,546 bilhão no primeiro trimestre de 2025, o que representa alta de 16,4% ante o apurado em igual período de 2024. Em relação ao último trimestre do ano passado, houve redução de 8,8%. Saiba mais…