A Lockheed Martin (NYSE:LMT) reportou um lucro por ação de US$ 7,28 no primeiro trimestre de 2025, superando em 15% a estimativa de US$ 6,34. O lucro líquido foi de US$ 1,71 bilhão, acima dos US$ 1,55 bilhão do ano anterior. A Lockheed Martin também é negociada na B3 através da BDR (BOV:LMTB34).
A receita total no trimestre foi de US$ 18 bilhões, crescimento de 4,5% em relação aos US$ 17,2 bilhões do mesmo período de 2024. O lucro operacional chegou a US$ 2,4 bilhões, também acima da expectativa de US$ 2,1 bilhões e superior aos US$ 2 bilhões de um ano antes.
O negócio aeroespacial, que inclui a produção do caça F-35, teve alta de 3,1% nas vendas. A empresa entregou 47 jatos no trimestre e espera entregar entre 170 e 190 unidades em 2025, mantendo o cronograma mesmo diante de desafios com atualizações tecnológicas do programa.
A Lockheed reafirmou suas projeções para o ano: receita entre US$ 73,8 bilhões e US$ 74,8 bilhões, com lucro por ação estimado em US$ 27,15. Analistas projetam US$ 27,22. A carteira de pedidos totaliza US$ 173 bilhões, equivalente a mais de dois anos de vendas.
O fluxo de caixa livre no trimestre foi de US$ 955 milhões, abaixo dos US$ 1,3 bilhão de 2024, afetado por maiores ativos contratuais e custos com seguros. O caixa operacional também caiu de US$ 1,6 bilhão para US$ 1,4 bilhão. A empresa investiu mais de US$ 850 milhões em P&D e capex.
Apesar do bom desempenho, tensões políticas afetaram a percepção do mercado e geram incertezas sobre o futuro da demanda: O Canadá revisa um contrato de C$ 19 bilhões para jatos F-35, e a empresa lida com críticas internas nos EUA, como as feitas por Elon Musk sobre caças tripulados.
Durante o trimestre, foram pagos US$ 796 milhões em dividendos e recompradas 1,7 milhão de ações por US$ 750 milhões, totalizando US$ 1,5 bilhão retornado aos acionistas.