A Colgate-Palmolive registrou lucro de US$ 690 milhões no primeiro trimestre de 2025, ou US$ 0,85 por ação, levemente acima dos US$ 683 milhões do ano anterior.
O lucro ajustado ficou em US$ 0,91, superando os US$ 0,86 projetados por analistas. A receita caiu 3%, para US$ 4,91 bilhões, mas também veio acima das estimativas.
Guidance
Apesar do desempenho trimestral positivo, a empresa revisou para baixo suas previsões para o ano, citando o impacto de tarifas comerciais. O custo adicional estimado é de US$ 200 milhões em 2025, cerca de 3% do custo dos produtos vendidos.
A projeção de lucro foi ajustada para crescimento de um dígito baixo, abaixo da estimativa anterior de crescimento de um dígito médio.
A empresa também cortou sua meta de crescimento orgânico de vendas, de 3%–5% para 2%–4%.
A margem bruta, que havia sido projetada como levemente crescente, agora deve se manter em torno dos 60,6% do ano anterior. Gastos com publicidade devem seguir estáveis como proporção da receita.
Desempenho regional
Regionalmente, apenas a Europa apresentou crescimento, com alta de 2,5%. América Latina e Ásia-Pacífico recuaram 8,7% e 5%, respectivamente. Produtos da divisão Hill’s avançaram 1,5% nas vendas, enquanto os demais itens de consumo da Colgate-Palmolive caíram 4,3%.
A demanda na América do Norte sofreu com a volatilidade econômica e o sentimento de cautela dos consumidores. As vendas na região caíram 3,6% no trimestre, com o CEO Noel Wallace observando uma retração no volume em fevereiro, após forte correção nos mercados financeiros. Ele espera uma melhora gradual no segundo semestre.
Para compensar os custos extras, a empresa aposta em ganhos de produtividade e ajustes na cadeia de suprimentos e fórmulas. A administração avalia cenários alternativos caso a demanda continue instável. Wallace ressaltou que há incerteza significativa sobre o real impacto tarifário até o fim de 2025.
Ações
As ações da Colgate-Palmolive (NYSE:CL) inicialmente subiram, mas recuam 0,1% durante as negociações da manhã de sexta-feira, 25 de abril de 2025, na última verificação. No acumulado do ano, os papéis registram alta de aproximadamente 2%. Analistas destacam que o impacto tarifário foi menor do que o inicialmente temido.
A Colgate-Palmolive também é negociada na B3 através da BDR (BOV:COLG34), que recuavam simultaneamente 0,3%.