A MRV&Co projeta R$ 11 bilhões em valor geral de vendas (VGV) de lançamentos este ano na sua principal operação, a MRV Incorporação, afirmou nesta quarta-feira o diretor executivo comercial e de marketing da companhia, Thiago Ely, em evento da construtora em São Paulo.

Segundo executivo, cerca de 60% dos lançamentos devem ocorrer entre o segundo e o terceiro trimestres.

No ano passado, MRV Incorporação teve um VGV de lançamentos de quase R$ 9,7 bilhões, incluindo o programa Pode Entrar e de R$ 9,4 bilhões, quando desconsiderados o programa habitacional paulistano.

Ao final de 2024 esse número estava em R$ 2,387 bilhões e a meta formal da companhia é chegar a R$ 1 bilhão até o final de 2029

Os lançamentos da MRV (BOV:MRVE3) representaram R$ 2,8 bilhões em valor geral de vendas (VGV) no primeiro trimestre de 2025, salto de 81% na comparação com o mesmo intervalo de 2024

Ely afirmou esperar que 55% das vendas este ano venham do estoque da companhia, com maior concentração em unidades residenciais enquadradas nas faixas 2 e 3 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), 31% e 35%, respectivamente.


A Faixa 4, nova linha de financiamento para atender a classe média, com teto de R$ 500 mil para o valor do imóvel e limite de renda familiar de R$ 12 mil por mês, deve responder por 16% do total, enquanto a mais baixa, Faixa 1, que teve seu limite de renda elevado para R$ 2,85 mil, deve ficar em 18%.

A empresa também prevê reduzir seu estoque pago de terrenos para R$ 1 bilhão até o final de 2029, ante os R$ 2,4 bilhões registrados no quarto trimestre do ano passado, de acordo com o diretor-executivo de Desenvolvimento Imobiliário da companhia, Rafael Albuquerque.

No final do ano passado, a redução no estoque foi de R$ 230 milhões em comparação com o primeiro trimestre de 2024.

Os comentários foram realizados durante evento anual MRV Day.

As ações da MRV&Co abriram em queda nesta quarta-feira, tendo no radar números da prévia operacional do primeiro trimestre, que mostrou consumo de caixa ajustado no período de R$ 48,3 milhões. Mas os papéis mudaram de sinal e, por volta de 11h30, valorizavam-se 2,41%, a R$ 5,09.

Informações Infomoney