A MRV&Co divulgou a prévia operacional do primeiro trimestre (1T25). No período, os lançamentos da MRV representaram R$ 2,8 bilhões em valor geral de vendas (VGV), crescimento de 81% na comparação com o primeiro trimestre de 2024 (1T24).

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:MRVE3) nesta terça-feira (15).


As vendas líquidas somaram R$ 2,2 bilhões, leve alta de 2% na comparação com o 1T24. A MRV reportou queima de caixa ajustada de R$ 48,3 milhões. Sem contar a venda de carteira de recebíveis, a houve queima de caixa de R$ 125,2 milhões.

“Os repasses do 1T25 foram impactados pela trava momentânea nos programas habitacionais regionais, em especial os de Manaus, dos estados do Ceará e do Rio Grande do Sul”, afirmou a companhia, destacando que, ao todo, foram 1.400 unidades não repassadas, que representaram aproximadamente R$ 110 milhões a menos de geração de caixa.

A MRV informou ainda que outro impacto na geração de caixa da companhia tem sido a nova modalidade da Caixa Econômica Federal para os pagamentos das unidades repassadas, que já totalizam R$ 150 milhões acumulados desde a sua implementação.

Rafael Menin, da MRV, prevê alta nas vendas líquidas e geração de caixa no 2º trimestre

O co-CEO da MRV, Rafael Menin, afirmou que estar “convicto” de uma recuperação de vendas líquidas e geração de caixa no segundo trimestre de 2025. A prévia operacional da companhia, divulgada ontem à noite, mostrou uma desaceleração, impactada por vendas que deixaram de ser repassadas ao financiamento bancário por conta da paralisação temporária de programas estaduais de habitação.

“Nós vamos recuperar no segundo trimestre, eu estou muito convicto. Tanto a venda vai crescer de forma orgânica, como essas unidades que vão ser reportadas terão uma geração de caixa muito diferente no segundo trimestre” afirmou Menin, em encontro com os investidores.

Ainda que os lançamentos da MRV tenham crescido 81% no primeiro trimestre, somando R$ 2,8 bilhões em valor geral de vendas (VGV), as vendas líquidas desaceleram, subindo apenas 2% na mesma base de comparação. A velocidade de vendas (VSO) foi de 25%, retração de 8 pontos porcentuais na comparação anual.

“Tivemos um ‘engasgozinho’. A partir do meio de dezembro até fevereiro em três estados os programas foram paralisados e deixamos de repassar 1.400 unidades”, explicou o co-CEO aos investidores, repetindo a informação divulgada ao mercado. Isso teve um efeito negativo de mais de R$ 300 milhões nas vendas líquidas e de R$ 100 milhões em geração de caixa.

“Os programas regionais fazem uma baita diferença. Política habitacional para a baixa renda é fundamental para resolver mazelas da sociedade”, disse Menin.

“Estamos convictos de que a safra que começou a ser construída no ano passado vai fazer com o que o novo ciclo seja o melhor da história da MRV. Se o passado foi o pior, este vai ser o melhor”, afirmou.

Informações Financenews