As entregas da Tesla totalizaram 336.681 veículos no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. A produção somou 362.615 unidades, bem abaixo das expectativas de analistas, que esperavam até 377.590 entregas. Foi o pior resultado trimestral da empresa desde 2022.

A crise da marca está no centro da queda. Segundo o veículo de notícia MarketWatch, as polêmicas políticas envolvendo Elon Musk, como seu apoio a Trump e partidos extremistas na Europa, geraram boicotes, protestos e vandalismo contra a Tesla. Com isso, um grande número de consumidores estão se afastando da marca, o que impacta diretamente na demanda.

A Tesla também enfrentou interrupções na produção para atualizar a linha do Model Y. A versão renovada foi lançada recentemente, mas a aceitação do mercado ainda não se sabe. A demora no lançamento de modelos acessíveis também frustrou expectativas de crescimento.

Internacionalmente, os resultados foram ainda mais preocupantes: Na Europa, a participação de mercado da Tesla caiu de 17,9% para 9,3%. Na China, as vendas recuaram 11,5% em março, enquanto a concorrente chinesa BYD cresceu mais de 50%. Na França e Suécia, as vendas despencaram mais de 40%.

Mesmo após o anúncio, as ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) operam em alta de 5,3%, durante as negociações de quarta-feira, 02 de abril de 2025. A Tesla também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TSLA34), que sobem 5,75%, simultaneamente.

Os números negativos foram ofuscados por rumores de que Musk deixaria seu cargo no chamado Departamento de Eficiência Governamental. Analistas apontam que o afastamento político de Musk pode ser essencial para recuperar a imagem da Tesla e retomar a confiança dos consumidores e investidores.