O presidente dos EUA Donald Trump declarou que está pressionando a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (NYSE:TSM) a construir fábricas em solo americano, sob pena de impor tarifas de até 100% caso a empresa optasse por não fazê-lo. Ele também criticou o apoio financeiro dado pelo governo Biden à fabricante taiwanesa.
A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TSMC34).
Trump afirmou durante um evento republicano que não concedeu subsídios à TSMC, mas a convenceu a investir nos EUA por meio da ameaça de tarifas. Ele se opôs ao aporte de US$ 6,6 bilhões fornecido à empresa para sua unidade no Arizona, considerando o valor desnecessário para uma gigante do setor.
A TSMC planeja investir cerca de US$ 100 bilhões nos Estados Unidos, com a construção de cinco novas fábricas nos próximos anos. Ainda assim, a empresa se vê no centro de uma controvérsia por possível violação de controles de exportação dos EUA.
A TSMC também enfrenta investigação por autoridades se seus quase três milhões de chips fabricados sob encomenda da empresa chinesa Sophgo acabaram sendo usados pela Huawei, que está na lista de restrições comerciais dos EUA. A acusação envolve a possível violação de sanções por uso de tecnologia americana.
Caso a violação seja confirmada, a TSMC pode enfrentar uma multa superior a US$ 1 bilhão. A legislação americana prevê punições de até o dobro do valor das transações que envolvam infrações de controle de exportações.
A empresa afirma seguir rigorosamente as leis e interrompeu fornecimentos à Huawei desde setembro de 2020. A TSMC suspendeu também envios à Sophgo, após as investigações, e colabora com o Departamento de Comércio dos EUA.