A Visa (NYSE:V) divulgou resultados financeiros sólidos no segundo trimestre fiscal encerrado em março, com lucro ajustado por ação de US$ 2,76, acima da estimativa de US$ 2,68. O lucro líquido ajustado foi de US$ 5,4 bilhões, alta de 6% em relação ao ano anterior, sustentado pelo crescimento no volume de pagamentos e resiliência do consumidor.
A receita líquida aumentou 9% ano a ano, para US$ 9,59 bilhões, ligeiramente acima do consenso de US$ 9,55 bilhões. O volume de pagamentos cresceu 8%, impulsionado por um avanço de 6% nos EUA e 9% em mercados internacionais. O crescimento foi limitado pelo efeito calendário da Páscoa, mas ainda mostrou tendência positiva.
O volume de pagamentos chegou a US$ 3,34 trilhões, abaixo dos US$ 3,42 trilhões esperados. O volume transfronteiriço (compras feitas entre países diferentes) avançou 13% no trimestre. Apesar de um março mais fraco, a Visa destacou que o desempenho transfronteiriço já está acima dos níveis pré-pandemia, contrariando receios de desaceleração global.
Mesmo com o lucro contábil abaixo das expectativas (US$ 4,6 bilhões, ou US$ 2,32 por ação), o desempenho operacional da Visa foi bem recebido pelo mercado.
A empresa manteve sua previsão de crescimento anual de dois dígitos para receita e cerca de 15% para o lucro por ação, mesmo em meio a incertezas macroeconômicas e temores de tarifas comerciais sob o governo Trump.
A Visa também anunciou um plano de recompra de ações no valor de US$ 30 bilhões, superando o programa anterior de US$ 25 bilhões. No trimestre, já foram recomprados US$ 4,5 bilhões em papéis.
A Visa planeja divulgar novos produtos de soluções com inteligência artificial e parcerias nesta semana. Estima-se que os serviços de valor agregado, como ferramentas antifraude e analytics, passem a representar mais de 50% da receita total nos próximos anos.
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