A Amazon (NASDAQ:AMZN) registrou no primeiro trimestre de 2025 resultados financeiros acima das expectativas de Wall Street, reportando lucro líquido de US$ 17,13 bilhões, ou US$ 1,59 por ação, superando a previsão de US$ 1,36. A receita total no trimestre alcançou US$ 155,7 bilhões, um aumento de 9% em relação a 2024 e veio acima do consenso de US$ 155,2 bilhões.

A unidade de publicidade online se destacou com crescimento de 19% e receita de US$ 13,92 bilhões, acima das previsões de US$ 13,74 bilhões.  Por outro lado, houve desaceleração na divisão de computação em nuvem AWS, que cresceu 17% e gerou US$ 29,3 bilhões, abaixo da estimativa de US$ 29,4 bilhões.

A Amazon projetou receita entre US$ 159 bilhões e US$ 164 bilhões para o segundo trimestre, intervalo que implica crescimento anual de 7% a 11% e está em linha com o consenso de US$ 161,2 bilhões. O lucro operacional estimado, de até US$ 17,5 bilhões, veio abaixo dos US$ 17,64 bilhões esperados.

O CEO Andy Jassy afirmou que, até o momento, não há impactos significativos das tarifas sobre a demanda ou definição de preços. Entretanto, reconheceu a incerteza gerada pelas novas medidas comerciais dos EUA contra produtos chineses, que podem afetar mais da metade dos itens vendidos na plataforma.

Em termos regionais, a receita na América do Norte subiu 8% e atingiu US$ 92,9 bilhões, enquanto o segmento internacional cresceu 5%, totalizando US$ 33,5 bilhões. O lucro operacional consolidado no trimestre foi de US$ 18,4 bilhões, avanço sobre os US$ 15,3 bilhões de um ano atrás.


Os investimentos de capital da Amazon subiram para US$ 24,3 bilhões no trimestre, com foco em data centers e infraestrutura de IA, especialmente com os chips Trainium2, desenvolvidos internamente. A AWS teve margem operacional de 39,5%, a maior desde 2014.

A empresa também celebrou avanços na IA com os modelos Amazon Nova e a expansão do projeto de satélites Kuiper. Jassy disse que a Amazon está “maniacamente” focada em manter preços baixos, mesmo diante das pressões tarifárias e macroeconômicas.

As ações da empresa negociadas em Nova York inicialmente recuaram mais de 5% logo após o anúncio do balanço, mas a baixa foi amenizada para -0,70% na última verificação, no fim da manhã de sexta-feira, 2 de maio de 2025. A Amazon também é negociada na B3 através da BDR (BOV:AMZO34), que simultaneamente subiam 1,6%.