A B3 reportou lucro líquido atribuído a acionistas de R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre de 2025, alta de 16,5% em comparação com o mesmo intervalo de 2024 e 6,1% abaixo do quarto trimestre. O lucro líquido recorrente somou R$ 1,128 bilhão, representando uma queda anual de 0,1% e de 6% na comparação com o último trimestre do ano passado.
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O lucro por ação foi de R$ 0,21, alta de 24,5% ano a ano, refletindo programas de recompra conduzidos pela companhia.
No balanço, a B3 divulgou um aumento de 7,5% na receita líquida do trimestre em base anual, para R$ 2,39 bilhões, em linha com a expectativa média de analistas em pesquisa da LSEG.
A receita total totalizou R$ 2,7 bilhões, um crescimento de 7,7% em relação ao 1T24. Esse resultado reforça, por mais um trimestre, a eficiência da estratégia de fortalecer o core business e ampliar a presença nas adjacências, evidenciando o potencial de crescimento por meio da diversificação das receitas e do avanço em novas avenidas de crescimento para a Companhia.
O EBITDA recorrente totalizou R$1.657,0 milhões, alta de 5,3%. A margem EBITDA recorrente foi de 69,5%, queda de 176 bps. Em relação ao 4T24, houve alta de 3,9%, com avanço de 228 bps na margem.
Em Derivativos, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 8,9 milhões de contratos, uma queda de 9,4% em relação ao 1T24, enquanto a receita por contrato (RPC) cresceu 29,3% no mesmo período. Destaca-se, por mais um trimestre, o volume do Futuro de Bitcoin, que apresentou um ADV de 243 mil contratos, crescimento de 17,9% vs. o 4T24, e receita de R$47,0 milhões. Em derivativos de balcão, houve crescimento de 18,9% no volume de emissões e 29,0% no estoque.
A RPC média cresceu 29,3% contra o 1T24, principalmente pelas altas de 23,6% nas RPCs de Câmbio e de 31,5% de Juros em USD, explicadas pela valorização do USD em relação ao R$. Em Juros em R$, a alta de 16,2% na RPC é explicada pela queda no volume de Opções de IDI, produto com foco em prazos mais curtos, e aumento de contratos com prazos mais longos em Futuros de DI. Adicionalmente, destaca-se a inclusão do Futuro de Bitcoin no portfólio de produtos, com impacto positivo na RPC geral.
O volume financeiro médio diário negociado (ADTV) do mercado à vista cresceu 1,1%, com a queda no volume de ações sendo mais do que compensada pelos crescimentos de ETFs (+19,3%), BDRs (+56,8%), e Fundos Listados (+5,8%). A sustentação do ADTV total, mesmo em um cenário desfavorável para o mercado de ações, reforça a importância das iniciativas da Companhia em incentivar a liquidez e oferecer cada vez mais produtos e serviços nos mercados onde atua.
O resultado financeiro foi positivo em R$ 15,6 milhões no 1T25. As receitas financeiras atingiram R$ 439,3 milhões, queda de 1,1%, explicada por um saldo médio de caixa menor no período, parcialmente compensada por um maior CDI médio no período. Ainda, no 1T24, a receita financeira foi impactada positivamente por recompras do Bond 2031, que não ocorreram no 1T25.
O volume de novas emissões de instrumentos de captação bancária cresceu 15,3%, principalmente em função do crescimento nas emissões de CDBs, que representaram 76,2% das emissões de instrumentos de captação bancária no período. Em outros produtos, destaque para os crescimentos de 51% e 15% na emissão de LCIs e LCAs no período.
Em relação ao estoque médio de instrumentos de captação bancária, o crescimento foi de 25,3%, enquanto o volume de estoque de dívida corporativa teve alta de 26,1%. Vale destacar também o crescimento de 19,9% no estoque de “Outros” produtos, com destaque para a alta nos volumes de CCB (+259%) e CPR (+40%).
O número médio de investidores cresceu 4,3%, resultado da contínua busca dos investidores individuais por diversificação de portfólio e maior oferta de produtos por parte da B3.
As despesas somaram R$ 828,5 milhões, queda de 10,6%, devido principalmente ao término da amortização dos intangíveis reconhecidos na combinação com a Cetip. Excluindo esse efeito, as despesas teriam apresentado alta de 9,7%.
Durante o trimestre, foram realizados investimentos de R$31,7 milhões voltados para atualizações tecnológicas em todos os segmentos de negócios da B3, que incluem investimentos em capacidade, segurança e desenvolvimento de novas funcionalidades e produtos.
Os resultados da B3 (BOV:B3SA3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2025 foram divulgados no dia 09/05/2025.