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Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em alta, com valorização global das ações ganhando força antes dos dados de emprego dos EUA, com esperanças de um alívio na disputa comercial entre os EUA e a China. O destaque da agenda de hoje será a divulgação do Payroll. Os mercados monetários estão precificando quase quatro cortes de 0,25 ponto percentual em 2025, um a mais do que o antecipado antes do anúncio das tarifas de Trump em 2 de abril.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam no campo positivo. O S&P 500 registrou oito dias consecutivos de ganhos — a maior sequência desde agosto — em meio ao otimismo crescente de que as tensões comerciais estão diminuindo desde que o presidente Donald Trump anunciou tarifas em níveis históricos no mês passado. “Parece que podemos ter chegado ao pico da incerteza política”, disse Kevin Thozet, membro do comitê de investimentos da Carmignac em Paris.
“Há conversas em andamento, e Trump parece ter amenizado algumas de suas políticas.” À medida que os investidores voltam sua atenção para os dados mensais de empregos para ajudá-los a avaliar quanto dano a disputa comercial causou à economia americana, as apostas estão aumentando de que o Federal Reserve será forçado a acelerar os cortes nas taxas de juros para evitar uma desaceleração econômica.
Os investidores aguardam a divulgação dos dados do payroll do mês passado. Em março, o mercado de trabalho registrou 19 mil novas vagas de emprego, e os investidores estão atentos aos números de abril. Isso porque autoridades do Federal Reserve já disseram que a autarquia pode antecipar a queda dos juros para preservar os empregos nos EUA, dependendo do impacto das tarifas de Donald Trump no mercado de trabalho.
As pressões internas sobre a política econômica dos Estados Unidos parecem ter levado o presidente Donald Trump a suavizar seu discurso protecionista e a procurar saídas negociadas com dois dos principais alvos de sua agenda tarifária: China e México. A informação foi divulgada na quinta-feira (1º) por agências de notícias e canais da imprensa estatal chinesa, que apontam tentativas de aproximação promovidas por Washington após uma sequência de indicadores econômicos negativos e o aumento da insatisfação de setores industriais.
Na Europa, as bolsas operam em alta, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA e também com resultados de balanços positivos. O índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,93%, a 532,53 pontos. A maioria dos mercados acionários da Europa não operou na quinta-feira (1) devido ao feriado do Dia do Trabalho. Exceção, a de Londres ficou praticamente estável ontem, em dia de liquidez restrita.
A China disse que está avaliando a possibilidade de abrir negociações sobre tarifas com o governo Trump. Comunicado do Ministério do Comércio chinês pede, no entanto, que os EUA estejam preparados para corrigir “práticas equivocadas” e cancelar as tarifas unilaterais.
A União Europeia, considera aumentar as compras de produtos dos EUA em 50 bilhões de euros para resolver o “problema” na relação comercial com Washington, segundo o comissário de comércio da UE, Maros Sefcovic, que falou em entrevista ao Financial Times.
Da temporada de balanços, a petrolífera Shell e o banco NatWest, ambos britânicos, agradaram com seus últimos resultados trimestrais. Em Londres, a ação da Shell avançava 3%, o a do NatWest tinha modesta alta de 0,13%, depois de chegar a subir mais de 2%.
Investidores também analisam uma série de dados econômicos europeus. A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro permaneceu em 2,2% em abril, contrariando previsão de que desaceleraria para 2,1% e ficaria mais próxima da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE). Já os PMIs industriais do bloco e da Alemanha referentes a abril foram revisados para cima, mas continuaram abaixo da marca de 50 que indica contração da atividade manufatureira.
Na Ásia, os mercados fecharam em alta, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA. O índice japonês Nikkei subiu 1,04% em Tóquio, a 36.830,69 pontos, impulsionado por ações dos setores farmacêutico e químico, enquanto o Hang Seng avançou 1,74% em Hong Kong, a 22.504,68 pontos, o sul-coreano Kospi registrou modesta alta de 0,12% em Seul, a 2.559,79 pontos, e o Taiex exibiu o melhor desempenho na região, com ganho de 2,73%, a 20.787,64 pontos.
A China disse que está avaliando a possibilidade de abrir negociações sobre tarifas com o governo Trump. Comunicado do Ministério do Comércio chinês pede, no entanto, que os EUA estejam preparados para corrigir “práticas equivocadas” e cancelar as tarifas unilaterais.
O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas de 145% a importações da China. Em retaliação, os chineses aplicaram tarifação de 125% aos produtos americanos.
Em função do feriado do Dia do Trabalho, as bolsas da China estão fechadas desde ontem (1) e só voltarão a operar na terça-feira (06).
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 58,86 (-0,64%).
O Brent é negociado a US$ 61,78 (-0,56%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 96.908 (+0,32%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.259,92 a onça-troy (+0,71%).
Minério de ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,78%, a 703.500 iuanes (US$ 96,77). Feriado na China fecha mercados.
Brasil:
Empregos: Caged tem pior resultado desde março de 2020. O mercado de trabalho formal registrou um ritmo mais lento em março de 2025. Segundo dados do Caged – Cadastro Geral de Empresagos e Desempregados – divulgados na quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho, foram abertas 71.576 vagas com carteira assinada no mês — resultado considerado fraco, especialmente após o recorde histórico de 431 mil postos criados em fevereiro. A criação de vagas em março veio muito abaixo das expectativas do mercado, que projetava a abertura de 201,7 mil postos. O desempenho também ficou bem aquém do observado em março de 2024, quando o país criou 245.395 vagas. Trata-se do pior saldo para meses de março desde 2020, quando, no início da pandemia de Covid-19, houve o fechamento de 294.985 postos de trabalho.
Cerca de 32,5 milhões de trabalhadores brasileiros atuam como autônomos de modo informal (ou seja, sem CNPJ) ou são empregados sem carteira assinada no setor privado, segundos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa 31,7% dos 102,5 milhões de empregados no país. Esses números, referentes ao primeiro trimestre deste ano, não consideram os 4,3 milhões trabalhadores domésticos sem carteira assinada, os 2,8 milhões de trabalhadores do setor público sem carteira nem os 816 mil empregadores sem CNPJ.
Os dados mostram a dimensão da precarização das relações de trabalho no país. O enfrentamento ao subemprego, à informalidade, à terceirização e ao trabalho intermitente é uma das reivindicações da Pauta da Classe Trabalhadora, um documento assinado conjuntamente por oito centrais sindicais e entregue na última terça-feira (29) ao presidente Lula. Uma das faces da precarização das relações entre empresas e o trabalhador é a chamada “plataformização do trabalho”, ou seja, o uso de mão de obra por empresas de internet, sem que haja qualquer vínculo trabalhista entre eles.
Economia:
🚨 Investidores em Alerta: Temporada de Balanços movimenta a bolsa em abril e maio. Veja calendário dos balanços 1T25
Santander aumenta lucro, mas segura crédito no Brasil. O Santander Brasil registrou crescimento nos lucros do primeiro trimestre, mas mantém postura conservadora na concessão de crédito. O CEO da instituição vê o cenário macroeconômico brasileiro como “complicado”, sinalizando cautela apesar dos resultados positivos.
WEG: Investidores desapontados com resultados da WEG. Apesar de números sólidos, a WEG não conseguiu atender às expectativas elevadas dos investidores, que esperavam crescimento ainda mais robusto da fabricante de motores elétricos. A desaceleração em mercados importantes e margens levemente comprimidas geraram preocupações sobre a sustentabilidade do ritmo de expansão da empresa.
Banco Master: A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a realização de uma auditoria no Banco Central para apurar possível omissão na fiscalização da emissão de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e seus impactos sobre o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A medida tem como foco o Banco Master, que tem sido alvo de atenção no mercado financeiro devido a práticas agressivas de captação por meio desses papéis.
A sugestão foi apresentada no âmbito de um processo sob relatoria do ministro Jhonatan de Jesus, a partir de representação dos deputados federais Caroline de Toni (PL-SC) e Carlos Jordy (PL-RJ). Eles pediram ao TCU que investigasse a legalidade da venda do Master ao BRB (Banco de Brasília), instituição financeira estatal do Distrito Federal. Embora a área técnica tenha entendido que não cabe ao tribunal avaliar diretamente a negociação, ela recomendou a auditoria sobre a conduta do Banco Central frente ao modelo de atuação do Master.
O empresário Joesley Batista, acionista da J&F, está em tratativas para adquirir parte dos ativos pessoais de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, segundo apurou a Folha de S.Paulo. As negociações, ainda em estágio preliminar, incluem também uma fatia remanescente do Master que não será absorvida pelo Banco de Brasília (BRB) na operação em curso.
Agenda Econômica:
🇩🇪 04h55 – Alemanha: PMI/S&P Global industrial final de abril
🇪🇺 05h00 – Zona do euro: PMI/S&P Global industrial final de abril
🇪🇺 06h00 – Zona do euro: Leitura preliminar do CPI de abril
🇪🇺 06h00 – Zona do euro: Taxa de desemprego de março
🇺🇸 09h30 – EUA: Payroll de abril ⚠️🔥
🇺🇸 12h00 – EUA: Encomendas à indústria em abril
🇨🇳 China: Feriado fecha mercados
Balanços ⚠️
📉 EUA/antes da abertura: Exxon Mobil e Chevron
📉 Brasil/depois do fechamento: M. Dias Branco
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em queda de 0,02%, aos 135.066 pontos, interrompendo uma sequência de sete altas consecutivas, sob peso também de uma forte queda dos preços do petróleo e recuo no minério de ferro. Vale, Petrobras e WEG, que reportou resultado abaixo do esperado, puxaram o índice para baixo. Em termos mensais, o Ibovespa fechou abril com alta de 3,69%.
Maiores altas do Ibovespa
IRBR3 |
+5.31%
|
R$ 47,83
|
CPFE3 |
+5.22%
|
R$ 38,19
|
SANB11 |
+3.94%
|
R$ 29,52
|
AMOB3 |
+3.85%
|
R$ 0,27
|
HYPE3 |
+3.43%
|
R$ 24,12
|
Maiores baixas do Ibovespa
AZUL4 |
-15.52%
|
R$ 1,47
|
WEGE3 |
-11.55%
|
R$ 44,64
|
PCAR3 |
-7.84%
|
R$ 4,23
|
MGLU3 |
-6.61%
|
R$ 9,32
|
CVCB3 |
-4.82%
|
R$ 2,17
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,82%, a R$ 5,6766.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,33%, aos 3.412,71 pontos. A mínima foi de 3.401,38 pontos e a máxima de 3.418,29 pontos. No mês de abril, o índice acumula alta de 3,01%.
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