A Camil Alimentos, multinacional de origem brasileira, teve prejuízo líquido de R$ 24,6 milhões no quarto trimestre fiscal de 2024, encerrado em fevereiro. Em igual período anterior, a empresa obteve lucro líquido de R$ 106,6 milhões. A companhia atua em arroz, feijão, café, açúcar, massas, pescados e biscoitos.
A receita líquida aumentou 11,7%%, de R$ 2,682 bilhões para R$ 2,997 bilhões no quarto trimestre fiscal de 2024. No segmento alimentício Brasil, a receita líquida aumentou 3,5%%, para R$ 2,175 bilhões. O segmento alimentício internacional obteve receita líquida 41,5% maior, de R$ 822,3 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia caiu 23,6% na mesma comparação, de R$ 253,8 milhões para R$ 193,9 milhões. A margem Ebitda retraiu 3,0 pontos porcentuais do quarto trimestre fiscal de 2023 para o quarto trimestre fiscal de 2024, encerrando o período em 6,5%.
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A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) terminou o quarto trimestre fiscal de 2024 em 3,0 vezes ante 2,9 vezes de igual período do ano fiscal anterior.
No período, a companhia investiu (Capex) R$ 121,9 milhões, 41,3%% mais que no quarto trimestre fiscal de 2023. A companhia destacou sobretudo aportes na manutenção e investimentos na nova planta de grãos em Cambaí(RS).
Os Custos das Vendas e Serviços do trimestre atingiram R$ 2,5 bilhões (+16,9% YoY), ou 82% da receita líquida, devido ao crescimento do CPV do Brasil (+9,2% YoY), impulsionado pelo crescimento do CPV do alto valor em todas as categorias, principalmente em café. No internacional, o CPV apresentou um crescimento de +27,2% YoY, impulsionado pelo crescimento do CPV no Uruguai e Chile.
As despesas gerais e administrativas no trimestre atingiram R$ 143,1 milhões (+3,5% YoY), ou 4,8% da receita líquida do trimestre.
O resultado financeiro líquido atingiu despesa de R$ 161,0 milhões(+60,1% YoY) no trimestre. No ano, o mesmo indicador atingiu despesa de R$ 464,4 milhões (+9,6% YoY). Em ambos os períodos, as variações se justificam principalmente, pelos juros sobre financiamentos com aumento da taxa de juros no período.
O endividamento líquido totalizou R$2,7 bilhões (+0,7% YoY) e endividamento líquido/EBITDA UDM de 3,0x (+0,1x YoY). O indicador de Dívida Líquida/EBITDA UDM de 3,0x encerrado em fev/25 está dentro dos limites dos covenants das debêntures e CRAs da Companhia, os quais detém cláusula restritiva de endividamento, estipulado para o indicador de 3,5x no fechamento de fevereiro/2025.
No comunicado divulgado aos investidores, o diretor presidente da Camil, Luciano Quartiero, e o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Flavio Vargas, destacaram a queda no Ebitda ajustado e na margem de Ebitda ajustado. “Esse resultado teve impacto, principalmente, de menores volumes e rentabilidade no Brasil, parcialmente compensado por uma boa rentabilidade no resultado do segmento internacional”, afirmaram os executivos. “Em um momento no qual o ambiente econômico no Brasil se torna mais desafiador, nossa plataforma diversificada na América Latina se destaca com constantes resultados positivos no âmbito do resultado internacional”, acrescentaram.
Os resultados da Camil (BOV:CAML3) referentes às suas operações do quarto trimestre fiscal de 2024 foram divulgados no dia 09/05/2025.