A Capri Holdings (NYSE:CPRI) encerrou seu quarto trimestre fiscal de 2025 com queda de 15,4% na receita, totalizando US$ 1,04 bilhão. Mesmo assim, o desempenho superou as estimativas de analistas. O prejuízo líquido foi de US$ 645 milhões, ou US$ 5,44 por ação, impactado por provisões fiscais não monetárias.
A Michael Kors, principal marca do grupo, registrou uma queda de 15,6% na receita trimestral, alcançando US$ 694 milhões. A margem operacional caiu para 4,6%. A empresa prometeu investimentos em lojas físicas para estabilizar os resultados.
A Jimmy Choo teve queda mais leve, com receita recuando 2,9%, para US$ 133 milhões. Apesar do prejuízo operacional de US$ 10 milhões, o tênis Diamond Light Flex destacou-se como o item mais vendido da história da marca, sinalizando boas perspectivas para lançamentos futuros.
A Versace teve desempenho fraco, com receita de US$ 208 milhões e prejuízo operacional de US$ 13 milhões. A marca será vendida para a Prada por US$ 1,375 bilhão, com conclusão prevista para o segundo semestre de 2025, permitindo à Capri focar em Michael Kors e Jimmy Choo.
A companhia prevê receita entre US$ 3,3 e US$ 3,4 bilhões no ano fiscal de 2026, com lucro por ação ajustado entre US$ 1,20 e US$ 1,40. A meta é retomar o crescimento a partir de 2027, alcançando US$ 4 bilhões em receita para a Michael Kors e US$ 800 milhões para a Jimmy Choo.
A Capri Holdings espera melhorar margens operacionais, com foco em reestruturação do canal de atacado e maior eficiência de estoques.
As ações da Capri subiam 3,7% para US$ 18,19 na quarta-feira (28) após os resultados, em verificação feita no período da tarde.
Analistas projetam um preço-alvo médio de US$ 22,68, com os preços variando de uma máxima de US$ 52,11 a uma mínima de US$ 14,00. A recomendação de consenso de 15 corretoras coloca a Capri Holdings na categoria “Hold”.