A Charter Communications anunciou a aquisição da Cox Communications por US$ 21,9 bilhões em dinheiro e ações, mais a assunção de US$ 12,6 bilhões em dívidas.

A operação, avaliada em US$ 34,5 bilhões, une duas gigantes do setor de TV a cabo e internet dos EUA em um momento de forte concorrência com streamings e operadoras móveis.

A fusão amplia em mais de 20% a base de assinantes da Charter, que busca acelerar a oferta de pacotes convergentes de banda larga e telefonia. A empresa combinada passará a operar como Cox Communications no prazo de um ano, com a marca Spectrum mantendo o foco no consumidor final nas regiões da atual Cox.

A família Cox, fundadora da empresa em 1898, deterá cerca de 23% da nova companhia e continuará envolvida na governança, com Alex Taylor assumindo a presidência.

A Charter será comandada por Chris Winfrey, atual CEO, que destacou ganhos em inovação, preços e qualidade de serviço com a união das operações.

Com 30 milhões de clientes de internet e 12 milhões de assinantes de TV até março, a Charter é a segunda maior operadora de banda larga dos EUA.

O acordo ainda dependerá de aprovação regulatória, em um ambiente de maior rigor antitruste sob o governo Trump. No entanto, analistas avaliam que a complementaridade entre as duas companhias pode facilitar a aprovação.

As ações da Charter (NASDAQ:CHTR) chegaram a subir até 9% após o anúncio da transação, mas a alta foi diminuída para 1,2% durante as negociações da tarde de sexta-feira, 16 de maio de 2025.

A Charter Communications também é negociada na B3 através da BDR (BOV:CHCM34).

As BDRs CHCM34 simultaneamente subiam 2,7%, cotadas a R$ 40,68 reais.