A Companhia Paranaense de Energia – Copel, obteve lucro líquido de R$ 664,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 24,6% na comparação anual. Ajustando a itens não recorrentes, o resultado líquido do período foi de R$ 576,9 milhões, crescimento de 6,4% na base anual de comparação.
De janeiro a março, a receita operacional líquida da Copel aumentou 8,8% em relação à igual trimestre de 2024, para R$ 5 892 bilhões na base anual, impulsionada pelo aumento da receita com suprimento de energia, do aumento da energia vendida na comercialização e na redução no desvio de geração eólica, apontou a companhia. A empresa também citou a maior receita com disponibilidade da rede elétrica.
Book de ofertas: a mais completa do mercado financeiro, acompanhe as ofertas de compra e venda de um ativo e todos os negócios realizados no dia.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 1,736 bilhão no trimestre, valor 24,1% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior. O Ebitda recorrente somou R$ 1,503 bilhão, aumento de 13,0%. A margem Ebitda ajustada alcançou 25,5% no trimestre, alta de 3,8 pontos porcentuais na mesma base de comparação.
No 1T25, os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 4.611,0 milhões, acréscimo de 3,3% em comparação aos R$ 4.463,6 milhões registrados no 1T24.
O resultado de equivalência patrimonial dos empreendimentos controlados em conjunto e demais coligadas da Copel no 1T25 aumentou 23,0% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior (R$ 100,4 milhões, ante R$ 81,6 milhões no 1T24).
O resultado financeiro foi negativo em R$ 446,5 milhões no 1T25 ante R$ 268,2 milhões negativos registrados no 1T24, uma redução de R$ 178,4 milhões (-66,5%), reflexo, sobretudo: do aumento da despesa com variação monetária e encargos da dívida em R$ 177,5 milhões (+41,6%) em razão do aumento da dívida e do CDI (principal indexador das dívidas da Copel); do acréscimo de R$ 24,8 milhões (+156,9%) na despesa líquida com variação monetária e ajuste a valor presente sobre contas a pagar vinculadas à concessão; do aumento de R$ 23,9 milhões na atualização de provisão referente à ação movida pela Copel Distribuição em 2009, que reconheceu o direito de excluir da base de cálculo do PIS e da Cofins o valor integral do ICMS destacado nas notas fiscais de saída; e da atualização da remuneração de ativos e passivos financeiros setoriais, no valor líquido de R$ 11,8 milhões.
O mercado fio da Copel DIS, composto pelo mercado cativo, pelo suprimento a concessionárias e permissionárias dentro do Estado do Paraná e pela totalidade dos consumidores livres existentes na sua área de concessão, teve um acréscimo de 3,3% no consumo de energia elétrica no 1T25 em relação ao mesmo período do ano anterior, em razão, principalmente, do aumento da atividade econômica e do padrão de consumo mais elevado da base de clientes. O mercado fio faturado, que considera a energia compensada de Mini e Microgeração Distribuída – MMGD, aumentou 0,9% no 1T25, em comparação ao 1T24.
O mercado cativo apresentou decréscimo de 2,5% no consumo de energia elétrica no 1T25 em relação ao mesmo período do ano anterior, em função, principalmente, da redução do consumo das classes industrial e outros. O mercado cativo faturado, que considera a energia compensada de MMGD, apresentou redução de 7,3% no 1T25 em comparação ao 1T24.
No 1T25, o montante realizado do programa de investimentos foi de R$ 679,2 milhões, sendo 88,0% realizados pela Copel DIS e 11,9% pela Copel Geração e Transmissão.
Ao final de março, a dívida líquida era de R$ 12,911 bilhões, ante os R$ 13,157 bilhões do encerramento do ano passado. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda, alcançou 2,3 vezes no período, queda de 0,3 vez ante dezembro de 2024.
Os resultados da Copel (BOV:CPLE3) (BOV:CPLE6) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2025 foram divulgados no dia 08/05/2025.