O Ibovespa encerrou em ligeira alta na sessão desta terça-feira, em um pregão de oscilações, com investidores reagindo principalmente a balanços e notícias corporativas domésticas. Os vértices da curva de juros encerraram em firme queda – refletindo Treasuries yields nos Estados Unidos – após leilão de Notes de dez anos demonstrar sólida demanda, aliviando temores de agentes econômicos.
O Índice Bovespa fechou com alta de 0,02%, aos 133.515 pontos, com Tim entre maiores altas percentuais, após balanço, e Brava entre destaques, ao reportar recorde de produção em abril, e em linha com alta do petróleo Brent, que apoiou Petrobras e ´juniors oils´ na sessão, como Prio e PetroReconcavo. O volume de negociação foi de R$17,1 bilhões, abaixo da média dos últimos 50 pregões, de R$17,7 bilhões.
Os vértices da curva de juros encerraram em queda de até 15 pontos-base, refletindo a queda das Treasuries yields, às vésperas das decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
O mercado tambem avaliou o leilão de títulos pós-fixado (NTN-B e LFT) do Tesouro Nacional que vendeu integralmente os títulos ofertados. Em relação à semana passada, a oferta de NTN-Bs permaneceu a mesma com 1,1 milhão já as LFTs tiveram oferta reduzidas com 550 mil títulos.
Ao fim do dia, o dólar futuro operava em alta de 0,21%, cotado a R$5,745, enquanto o índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, recuava 0,57%, aos 99,20 pontos.
Entre os dados econômicos, investidores avaliaram o Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços e compostos medidos pela S&P Global, que recuaram em abril para o território de contração econômica pela primeira vez desde janeiro deste ano. Em abril, o PMI de serviços atingiu 48,9, enquanto o composto ficou em 49,4 – uma leitura abaixo de 50,0 denota contração.
No noticiário corporativo, além dos investidores reagirem a uma série de resultados coorporativos como Embraer, Aura Minerals, BB Seguridade, GPA, Grupo Mateus, Pague Menos, Tim e outros, os números de produção da Brava Energia referentes ao primeiro trimestre estiveram sob evidência.
As ações da Brava foram destaque positivo na sessão de hoje, após a petroleira reportar recorde de produção em abril de 2025, com uma média de 81,8 mil barris de óleo equivalente por dia, ante 71,8 mil barris no primeiro trimestre. O crescimento foi impulsionado pelas operações offshore, com destaque para os campos de Papa-Terra e Atlanta.
Na ponta oposta, o destaque negativo foi GPA, que despencou após divulgar balanço referente ao 1T, considerado misto pelo mercado, e com notícias sobre movimentações de acionistas do grupo.
O investidor Nelson Tanure à Reuters que desistiu de seu plano para o futuro do GPA após sua chapa não avançar em eleição ao conselho, alegando que o movimento recente nas ações da empresa não condiz com uma visão de longo prazo. Já Rafael Ferri reduziu sua participação acionária para 2,73%, após se eleger ao conselho, declarando que a posição “é estritamente de investimento”.
Investidores também calibram expectativas para os resultados do primeiro trimestre da PRIO, Caixa Seguridade, Vibra, Carrefour e RD Saúde, que serão divulgados após o encerramento do pregão.
O Copom iniciou, hoje, sua reunião de dois dias, e deve elevar a Selic em 50 pontos-base nesta quarta-feira, a 14,75%, embora parcela majoritária de operadores precifique alta de menor magnitude, em 25 pontos-base.
No ambito político, o relator do projeto que isenta do Imposto de Renda para até R$5,0 mil mensais, deputado Arthur Lira, afirmou na tarde de hoje que o relatório será apresentado em comissão especial em 27 de junho e votado até 16 de julho. Lira ressaltou que quer entregar o projeto ao Senado ainda no primeiro semestre deste ano.
No Planalto, Lula teria sondado o deputado Guilherme Boulos (PSOL) para a Secretária-geral da Presidência, segundo Estadão. O presidente também deve assinar ainda hoje medida provisória de proposta para reforma no setor elétrico, incluindo ampliação da tarifa social de energia.
Entre as ações, as maiores contribuidoras do Índice Bovespa foram as PN e ON da Petrobras e as ON da PRIO, que avançaram 1,65%, 1,57% e 4,23%, respectivamente.
Entre destaques nas altas percentuais do Ibovespa, figuravam as ON da Tim, da Brava e da Petroreconcavo, que subiram 6,77%, 6,74% e 4,26%, respectivamente.
Na ponta negativa, destaque para as ON do GPA, da BB Seguridade e da Minerva, que recuaram 20,21% 7,44% e 6,36%, respectivamente.
Os futuros do petróleo Brent operavam em alta de 3,19%, aos US$62,16 por barril, devido a sinais de maior demanda na Europa e na China e ao aumento das tensões no Oriente Médio. O repique veio depois que preços despencaram para a mínima em quatro anos devido à decisão da Opep+ de aumentar a produção.
Os futuros do minério de ferro fecharam o pregão estáveis, cotados a US$96,88 na última madrugada na Bolsa de Dalian. Os investidores vivem a expectativa de um início de negociação entre Estados Unidos e China sobre as tarifas recíprocas de importação, além da possibilidade do anúncio de novos estímulos à economia chinesa.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/05/2025 | 0,05% | 135.133,88 | R$ 24,2 bilhões |
05/05/2025 | -1,22% | 133.491,23 | R$ 21,5 bilhões |
06/05/2025 | 0,02% | 133.515,82 | R$ 22,0 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Aura Minerals (AURA33)
A Aura Minerals reportou um prejuízo de US$ 73,2 milhões no primeiro trimestre, um resultado quase oito vezes pior que o prejuízo de US$ 9,2 milhões apresentado um ano antes. De acordo com a companhia, este resultado é explicado, principalmente, pelo aumento nas despesas financeiras, reflexo de perdas não realizadas em operações de proteção (“hedge”) de ouro. Essas perdas somaram US$ 100,2 milhões no trimestre. Saiba mais…
A Aura Minerals informou que submeteu de forma confidencial à Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, uma minuta do formulário F-1 — documento necessário para registrar uma potencial oferta pública de ações no país. Saiba mais…
Azzas 2154 (AZZA3)
A Azzas 2154 aprovou um programa de recompra de ações ordinárias da própria emissão, com potencial de movimentar até R$ 400 milhões. Saiba mais…
B3 (B3SA3)
A B3 concluiu a repactuação programada das debêntures simples da segunda emissão da companhia. As debêntures em questão são do tipo quirografário e não conversíveis em ações. Saiba mais…
BB Seguridade (BBSE3)
A BB Seguridade registrou lucro líquido de R$ 1,995 bilhão no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2024, por outro lado, o resultado foi 8,2% menor. Saiba mais…
Brava (BRAV3)
A Brava divulgou os dados de produção preliminares e não auditados do mês de abril de 2025. A Brava atingiu recorde de produção, registrando uma média de 81,8 kboe/d no período, um aumento de mais de 15% quando comparado aos três primeiros meses de 2025 (1T25). Saiba mais…
Embraer (EMBR3)
A Embraer reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 428,5 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), o que representa um aumento de 574,8% reportado no mesmo intervalo de 2024. Saiba mais…
GPA (PCAR3)
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) encerrou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 169 milhões, uma melhora de 74,4% frente ao apurado no mesmo período do ano passado. Saiba mais…
Grupo Mateus (GMAT3)
O Grupo Mateus reportou um lucro líquido de R$ 318,6 milhões no primeiro trimestre de 2025, representando um expressivo crescimento de 32,5% em comparação com o mesmo período de 2024, quando o resultado foi de R$ 240 milhões. O desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento da receita e pela melhoria nas margens operacionais. Saiba mais…
Hidrovias do Brasil (HBSA3)
A Hidrovias do Brasil registrou um lucro líquido de R$ 23 milhões no primeiro trimestre de 2025, marcando uma recuperação importante após os prejuízos de R$ 71 milhões no mesmo período de 2024. Saiba mais…
Motiva (MOTV3)
A Motiva, novo nome do grupo de concessões de transporte CCR, teve lucro líquido ajustado de R$ 539 milhões no primeiro trimestre, expansão de 20,2% sobre o desempenho de um ano antes, segundo balanço divulgado pela companhia. Saiba mais…
Sabesp (SBSP3)
A Sabesp informou que seu conselho de administração autorizou a companhia a contratar uma segunda parte de financiamento junto à International Finance Corporation (IFC), ligada ao Banco Mundial, segundo ata de reunião do colegiado. Saiba mais…
Tegma (TGMA3)
O lucro líquido do 1T25 foi de R$ 44 milhões, 17% superior ao do 1T24, representando um crescimento de 0,3 p.p. na margem líquida, atingindo 9,9%. Esse resultado é atribuído à melhora do resultado operacional e do resultado financeiro no período. Saiba mais…
Tim (TIMS3)
A TIM Brasil registrou lucro líquido normalizado de R$ 810 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), avanço de 56% na comparação com o mesmo período um ano antes. O resultado superou a projeção de analistas, de acordo com estimativas compiladas pela LSEG, de R$ 678 milhões. Saiba mais…