As ações da Macy’s (NYSE:M) subiam 1,7% no pré-mercado de quarta-feira (28), depois que registrou resultados trimestrais acima das expectativas de Wall Street. A Macy’s também é negociada na B3 através da BDR (BOV:MACY34).

No primeiro trimestre de 2025, o lucro ajustado por ação foi de US$ 0,16, superando a previsão de US$ 0,14. A receita líquida alcançou US$ 4,6 bilhões, superando a estimativa de US$ 4,5 bilhões, apesar de representar queda de 5,1% em relação ao ano anterior.

As vendas em lojas comparáveis caíram 2% em base própria e 1,2% considerando canais licenciados e marketplace, desempenho melhor do que o previsto.

As unidades Bloomingdale’s e Bluemercury foram destaques positivos, com altas de 3,8% e 1,5%, respectivamente, em vendas comparáveis.

Mesmo com o bom resultado, a empresa reduziu sua projeção de lucro ajustado por ação para o ano fiscal de 2025 para entre US$ 1,60 e US$ 2, abaixo da faixa anterior de US$ 2,05 a US$ 2,25. A estimativa de receita anual, porém, foi mantida entre US$ 21 bilhões e US$ 21,4 bilhões.

A Macy’s atribuiu o corte nas projeções à pressão de tarifas, aumento das promoções no varejo e menor disposição dos consumidores para gastar em produtos discricionários. O cenário competitivo e incerto, agravado por mudanças tarifárias intermitentes, também pesou nas decisões.


A varejista continua avançando em sua estratégia “Bold New Chapter”, com foco nas 125 lojas de maior potencial. Essas unidades, reformuladas com mais equipe e vitrines atrativas, tiveram queda de apenas 0,8% nas vendas comparáveis, desempenho superior à média da rede Macy’s.

No trimestre, a empresa gerou US$ 38 milhões em lucro líquido ou US$ 46 milhões em lucro líquido ajustado, retornou US$ 152 milhões aos acionistas via dividendos e recompra de ações, e finalizou o período com US$ 932 milhões em caixa. O EBITDA ajustado foi de US$ 308 milhões, ou 6,4% da receita total.

A Macy’s também anunciou mudanças na liderança: Thomas Edwards, ex-CFO da Capri Holdings, assumirá como novo diretor financeiro em junho. A empresa segue com planos de fechar 150 lojas até 2027, buscando se tornar uma operação menor, porém mais lucrativa.

A companhia destacou sua flexibilidade por atuar com produtos que vão de descontos a itens de luxo. A Macy’s acredita que essa diversidade, aliada à força de suas marcas Bloomingdale’s e Bluemercury, pode mitigar parte da pressão econômica no varejo.