O McDonald’s (NYSE:MCD) reportou resultados mistos no primeiro trimestre de 2025, com lucro ajustado de US$ 2,67 por ação, ligeiramente acima da estimativa de US$ 2,66. A receita caiu 3%, para US$ 5,96 bilhões, ficando abaixo do consenso de US$ 6,09 bilhões, com um ambiente de consumo mais fraco. O McDonald’s também é negociado na B3 através da BDR (BOV:MCDC34).
As vendas nas mesmas lojas nos Estados Unidos caíram 3,6%, a pior retração desde o auge da pandemia em 2020. Analistas previam uma queda bem menor, de 1,7%. A retração foi atribuída ao mau tempo e ao recuo nos gastos de consumidores de baixa e média renda.
Globalmente, as vendas comparáveis caíram 1%, afetadas por bases mais difíceis de comparação devido ao ano bissexto em 2024. Mesmo excluindo esse fator, os números decepcionaram, principalmente nos mercados internacionais operados diretamente, que recuaram 1%, contrariando projeções de estabilidade.
A divisão internacional licenciada, que inclui Brasil, Japão e China, foi o destaque positivo, com alta de 3,5% nas vendas nas mesmas lojas, superando as expectativas de 3,2%. Esse segmento respondeu por cerca de metade da receita da rede no trimestre.
O CEO Chris Kempczinski destacou que o tráfego de consumidores de renda média caiu quase tanto quanto o de baixa renda, um sinal de que a pressão econômica se intensificou. Ele também apontou o crescimento do sentimento antiamericano em algumas regiões, embora ainda sem impacto material nas vendas.
Mesmo assim, o McDonald’s manteve sua projeção de abrir 2.200 novos restaurantes e investir entre US$ 3 bilhões e US$ 3,2 bilhões em 2025. A empresa espera que essas inaugurações contribuam com mais de 2% no crescimento das vendas totais no sistema.
A rede aposta em novos lançamentos e promoções acessíveis, como o retorno dos wraps e as tiras de frango McCrispy, que já mostram desempenho promissor. O combo temático do jogo Minecraft também teve boa adesão e ajudou a melhorar as tendências no início do segundo trimestre.